As condições climáticas favoráveis e o crescente investimento em tecnologias agrícolas avançadas colocam o Brasil em terceiro lugar na produção mundial de frutas. Com dezenas de polos produtivos, o País fica atrás apenas da China e da Índia.
Segundo o presidente da Frente Parlamentar Mista da Fruticultura da Câmara Federal, deputado Antônio Balhmann (PSB-CE), os saldos positivos são crescentes e o impacto na economia nacional é favorável, mas ainda há muito a ser feito. “Diante do potencial que temos, vejo que nossa participação ainda é tímida, especialmente no mercado externo”, avalia.
Balhmann garante que, em 2012, o colegiado irá trabalhar para o fortalecimento do segmento produtivo em todo o País. Na última quarta-feira (8), o socialista se reuniu com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro, para apresentar as principais reivindicações e dificuldades dos produtores brasileiros.
Os principais desafios da fruticultura passam pela segurança alimentar, promoção do consumo de frutas, verduras e hortaliças e o seguro rural para o setor. Representantes de câmaras setoriais de segmentos ligados à agricultura, presentes no encontro com o ministro, também apontaram o impasse na liberação de defensivos agrícolas, que esbarra na burocracia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e dos ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura, como obstáculos à exportação. As lideranças cobram maior agilidade do Governo na liberação dos pedidos desses produtos feitos pelas indústrias.
“O Brasil precisa acordar para este problema se quiser competir em pé de igualdade com outras nações produtoras”, alertou Balhmann. O exemplo do país vizinho foi outro ponto de destaque da reunião. “Enquanto o Chile exportou 3,3 bilhões de toneladas de frutas no ano passado, o Brasil, que possui uma extensão territorial pelo menos 11 vezes maior, exporta apenas 600 milhões de toneladas. É preciso corrigir essas distorções provocadas pela burocracia que atravancam o esforço exportador brasileiro”, concluiu.