Cinco meses depois que as primeiras manchas de óleo apareceram no litoral brasileiro, a origem do maior desastre ambiental do país ainda continua desconhecida. O deputado federal e relator da CPI do Óleo na Câmara, João Campos (PSB-PE), criticou, nesta terça-feira (28), a falta de respostas do Governo Federal sobre o caso. A Marinha e a Polícia Federal coordenam a investigação.

“São 150 dias sem que o governo federal nos aponte qual é a origem do óleo. Além disso, não temos uma legislação ambiental adequada para prevenir desastres dessa dimensão e, paralelamente, o óleo continua atingindo o litoral brasileiro, tendo alcançado 1.004 localidades nos últimos dias”, disse, referindo-se ao balanço mais recente do Ibama, divulgado no dia 23 de janeiro. Segundo o órgão, 570 praias já estão limpas e 434 ainda têm vestígios esparsos de contaminação.

O socialista afirmou que, ao retornar os trabalhos na Câmara, serão realizadas novas audiência no âmbito da CPI. “A partir de fevereiro, faremos novas audiências com a #CPIdoÓleo e seguiremos no relatório que também inclui a avaliação sobre a atuação dos órgãos responsáveis pela mitigação dos danos causados”, disse.

As primeiras manchas de óleo surgiram em agosto de 2019 em vários estados da região Nordeste. Espírito Santo e Rio de Janeiro também registraram manchas nas praias. Com o tempo, as notificações se acumularam. Na última quinta-feira (23), manchas de óleo reapareceram na praia do Pontal, em Pitimbu, litoral sul da Paraíba, divisa com Pernambuco.

Estima-se que mais de 2 mil quilômetros de costa nordestina foram poluídos. Voluntários e equipes de diversos órgãos estaduais se mobilizaram para recolher o óleo e limpar as praias atingias.

Assessoria de Comunicação/PSB Nacional