O relator da Comissão Especial de Políticas Públicas de Combate às Drogas, deputado Givaldo Carimbão (PSB-AL), apresentou nesta semana na Câmara a política antidrogas adotada pelo governo colombiano nos últimos anos. De acordo com ele, o investimento em segurança, aliado aos programas sociais, levou à diminuição do cultivo da matéria-prima para a produção de cocaína no País. A constatação foi feita após visita realizada no começo do mês por integrantes do colegiado aos três maiores produtores mundiais da droga: Peru, Colômbia e Bolívia.
Durante a viagem, os parlamentares conheceram as iniciativas de cada país na prevenção e no combate à produção e ao narcotráfico. Para Carimbão, a Bolívia é o país que merece maior atenção por ser a principal fornecedora da droga para o Brasil. “Além de não terem condições financeiras para um investimento maior em políticas públicas, eles são bastante resistentes à ajuda internacional. Mas, tenho certeza que podemos, diplomaticamente, avançar nessa discussão com os dirigentes bolivianos e auxiliá-los cada vez mais”, ponderou.
Com relação ao Peru, Carimbão ressaltou que o aumento da produção de cocaína no país reflete a necessidade de mais investimentos em segurança pública e programas de prevenção às drogas. O Peru passou a ser o maior produtor, exatamente porque a Colômbia investiu muito nesses setores”, afirmou o deputado.
Para o socialista, as experiências dos países visitados deixou ainda mais clara a necessidade de investimentos do governo brasileiro no combate às drogas, especialmente no que se refere a fiscalização das fronteiras. “Em um país como o Brasil, onde o consumo de drogas já pode ser classificado como um problema de saúde pública, e que faz fronteira com os maiores produtores do mundo, é de fundamental importância que se tenha um número grande e bem preparado de policiais federais que atuem nesse combate, além de iniciativas que atuem na prevenção desse consumo”.
A Comissão de Combate às Drogas foi criada para atuar na elaboração de políticas públicas e projetos de leis destinados ao combate e prevenção de drogas em todo o país. Segundo Carimbão, o relatório final deverá ser entregue até o final de outubro e contará com as experiências adquiridas em todas as audiências, viagens e encontros estaduais realizadas pelo colegiado.