O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, participou, nesta quarta-feira (24), da primeira live de uma série de transmissões semanais para debater, no âmbito da Autorreforma do Partido, a “Revolução Brasileira no século XXI”.
A live foi realizada pelo Instituto Pensar e pelo Socialismo Criativo, em parceria com o PSB.
O tema abordado teve como referência a concepção do historiador Caio Prado Júnior.
Além de Siqueira, a live contou com a participação do economista e professor da Unicamp e da FACAMP, Luiz Gonzaga Belluzo o presidente do Instituto Pensar, Domingos Leonelli, e a mediação de James Lewis.
O debate abordou a importância de Caio Prado na análise do pensamento econômico contemporâneo e sua visão orgânica dos processos revolucionários.
Para Carlos Siqueira, a industrialização a partir do fortalecimento do conhecimento não é uma questão simples.
“Esse desenvolvimento nacional é altamente complexo, sobretudo por ser uma questão política, porque exige o compromisso de não submeter o nosso país a outro mais desenvolvido, eles não querem ver nosso desenvolvimento. Nossos governantes impediram que nosso país desenvolvesse suas próprias políticas”, analisou.
Siqueira afirmou ainda que só a valorização da inteligência brasileira, com respaldo político como incentivo, permitirá desenvolver tecnologias que permitam nosso desenvolvimento.
“Nós não tivemos a capacidade de proteger e renovar nossa indústria e perdemos a 3ª Revolução Industrial, assim como estamos a perder a 4ª. Nós temos a capacidade de mobilizar o conhecimento e dizer o que nós queremos fazer com o nosso país e não só viver aquilo que querem que nós façamos”, defendeu o socialista.
Belluzo destacou o caráter transformador do pensamento de Caio Prado Júnior.
“Toda vez que vejo alguém muito convencido das suas próprias ideias fico um pouco temeroso de que isso contamine a todos. A força do pensamento do Caio Prado é exatamente essa capacidade de levar adiante essa visão estrutural e orgânica da revolução como força transformadora”, expôs.
Belluzo afirmou que é preciso considerar os momentos sociais em que construímos nossos pensamentos, “não podemos achar que somos geniais e originais todo tempo. É preciso ouvir os outros, pensar e duvidar. A fonte da ciência é a dúvida”.
Assessoria de Comunicação/PSB nacional