A deputada federal Lídice da Mata (PSB-BA) segue como relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito das Fake News.
A decisão proferida pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (17), nega seguimento a pedido de um grupo de deputados para que o presidente da comissão e a relatora fossem afastados das funções.
A CPMI investiga, desde setembro de 2019, a existência de grupos organizados para produção e difusão de notícias falsas através das redes sociais, com influência cada vez mais evidente no processo eleitoral de 2018 e de lá pra cá no debate público. A prática de cyberbullying contra autoridades e cidadãos vulneráveis também está sendo investigada pelos deputados e senadores do colegiado, assim como o aliciamento de crianças para o cometimento de crimes de ódio e suicídio.
“A CPMI não tem lado político. Nós investigamos a partir de denúncias. Essa tentativa de querer anular a nossa ação é, na verdade, a de impedir a continuidade da CPMI. O entendimento do ministro Gilmar Mendes é correto porque a comissão busca identificar quem produz e quem financia a desinformação”, afirma a socialista.
Para Mendes, embaraçar essa investigação não é direito de ninguém. “Essas investigações são de vital importância para o desvendamento da atuação de verdadeiras quadrilhas organizadas que, por meio de mecanismos ocultos de financiamento, impulsionam estratégias de desinformação, atuam como milícias digitais, que manipulam o debate público e violam a ordem democrática”, concluiu o ministro.
Com informações da Ascom da dep. Lídice da Mata