Ao avaliar o texto da Lei Geral da Copa, o deputado Luiz Noé (PSB-RS) alerta para questões que poderão criar problemas graves para comerciantes. A Lei estabelece que no raio de três quilômetros em linha reta dos estádios onde se realizarão os jogos da Copa do Mundo de 2014 não poderão ser comercializados produtos que não estejam entre os parceiros comerciais da Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA).
"Isso significa que grandes estabelecimentos ou até mesmo shoppings estarão impedidos de vender produtos que não sejam os permitidos pela FIFA. Isso é um absurdo", afirma o parlamentar socialista.
Noé alerta para o fato de que, enquanto as discussões mais polêmicas giram em torno da construção de estádios e da proibição ou não da venda de bebidas alcoólicas, questões controversas como essa poderão passar nessa lei sem maiores alardes. "Essa medida certamente causará um impacto negativo no comércio local", alerta o deputado socialista.
Abertamente contrário a estas restrições comerciais, o socialista defende que ampla discussão seja travada com a sociedade à respeito. "A comunidade precisa se mobilizar contra a interferência no comércio local de estados, municípios e do Distrito Federal que terão que se adaptar às exigências da FIFA", enfatiza o deputado.