Durante o seminário Legislação Desportiva e o Doping – das escolas ao alto rendimento, na Câmara dos Deputados, o deputado Romário (PSB-RJ) sugeriu que a política adotada sobre o doping no Brasil precisa ser revista. O Baixinho justificou sua opinião lembrando quando foi suspenso por suposto uso de doping por estar usando, à época, um medicamento para queda de cabelo. “Fui obrigado a ficar afastado do Futebol por três meses. O que acontece é que alguns atletas profissionais questionam os critérios adotados pelos profissionais responsáveis pelo controle antidoping”.
O deputado carioca foi um dos autores do requerimento apresentado à Comissão de Turismo e Desporto para promover o seminário e, na quarta-feira (28), coordenou o painel Genética e Esporte: dos Genes que Influenciam a Performance ao Doping Genético – Preparando o Profissional Brasileiro para 2014 e 2016.
De acordo com o expositor convidado, o médico Rodrigo Gonçalves Dias, já é possível modificar os genes dos atletas para aumentar o desempenho esportivo, o que chamou de “doping genético”. No entanto, ele alerta para os riscos dessa prática e diz que as pesquisas que realiza são exclusivamente para salvar vidas e não para burlar o esporte.
Legislação – Para o jornalista esportivo José Cruz, a legislação de doping no Brasil está desatualizada. “Já somos um país olímpico mas, de 2004 a 2011, o Governo Federal não se posicionou sobre o tema. No site do Ministério do Esporte, por exemplo, só existe uma declaração incipiente do ex-ministro Agnelo Queiroz, feita em 2003”. “Das 30 confederações esportivas que apoiam a realização da Olimpíada Rio 2016, apenas sete tratam abertamente sobre o doping em seus websites”, completou.