Após quase 60 anos de funcionamento, a entrada do maior depósito de lixo a céu aberto da América Latina e segundo maior do mundo, conhecido como Lixão da Estrutural, foi fechada pelo governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg (PSB). O ato simbólico de encerramento das atividades do Aterro Controlado do Jóquei foi realizado na manhã do último sábado (20).
O socialista definiu o momento como um salto civilizatório para Brasília. Rollemberg destacou também que a medida cumpre a Política Nacional de Resíduos Sólidos. “Viramos essa página vergonhosa da história da nossa cidade”, comemorou.
A partir de agora as 2,7 mil toneladas de lixo recolhidas diariamente no Distrito Federal serão levadas para o Aterro Sanitário de Brasília, localizado em Samambaia. O local é ambientalmente correto, com solo impermeabilizado, sistema de drenagem e compactação diária, que reduz o volume de lixo e evita contaminação de áreas vizinhas e proliferação de animais. Desde janeiro de 2017, o novo aterro já recebe parte dos resíduos recolhidos no DF. Já o antigo Lixão da Estrutural ficará restrito para o descarte de resíduos da construção civil.
“É uma etapa fundamental para que possamos receber resíduos de forma adequada, protegendo o meio ambiente e as pessoas”, ressaltou o governador.
Catadores realocados
Com o fechamento do Lixão da Estrutural, oito organizações de catadores de material reciclável foram selecionadas para trabalhar nos galpões de triagem alugados pelo governo de Brasília. Também como forma de inclusão dos trabalhadores foram contratadas cooperativas para prestação de serviços de coleta seletiva.
Devido à redução da demanda de resíduos com a desativação do aterro, os trabalhadores receberão uma compensação financeira temporária de R$ 360,75. Além do que os catadores receberem pela venda do material reciclável, o governo também pagará até R$ 350 por tonelada triada às cooperativas.
Segundo Rollemberg, serão dadas condições dignas para que os trabalhadores possam desenvolver suas atividades. “Por isso podemos hoje fechar o lixão em paz, com a valorização dessa profissão tão importante do ponto de vista ambiental, que é o catador de material reciclável”, afirmou.
Além disso, 900 catadores atuarão como agentes de cidadania ambiental, com bolsa mensal de R$ 300. O trabalho deles será multiplicar informações sobre gestão e educação ambiental e sustentável.
Assessoria de Comunicação/PSB Nacional com informações da Agência Brasília