O vice-presidente eleito e coordenador-geral da equipe de transição, Geraldo Alckmin (PSB), assinou nesta terça-feira (8) três portarias que marcam o início formal dos trabalhos da mudança de governo em Brasília e informou em coletiva que a questão social é a prioridade absoluta do governo.
Para garantir a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600 e o adicional de R$ 150 por criança para famílias com filhos de até seis anos, o vice-presidente não confirmou se a solução será por Proposta de Emenda à Constituição ou medida provisória com a autorização via Tribunal de Contas da União.
Uma das portarias nomeia um “conselho político”, com representantes dos partidos que formaram a coligação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e novas siglas que se juntaram ao grupo após a eleição.
Serão membros desse conselho o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, Gleisi Hoffmann (PT), Antonio Brito (PSD), Daniel Tourinho (Agir), Felipe Espírito Santo (Pros), Guilherme Ítalo (Avante), Jeferson Coriteac (Solidariedade), José Luiz Penna (PV), Juliano Medeiros (PSOL), Luciana Santos (PCdoB), Wesley Diogenes (Rede) e Wolnei Queiroz (PDT).
“O presidente Lula deixou claro que os que vão participar da transição não têm relação direta com ministério, com governo. Podem participar, podem não participar, mas são questões bastante distintas. Esse é um trabalho de 50 dias”, disse.
Alckmin deve se reunir ainda nessa terça-feira com a Comissão Mista de Orçamento (CMO) para discutir sobre adequações na Lei Orçamentária.
Por lei, o futuro governo tem direito a 50 cargos remunerados para a equipe de transição, mas também pode contar com colaboradores voluntários. O PT estima que mais de 100 pessoas atuarão no CCBB até a posse de Lula, em 1 de janeiro de 2023. O atual governo trabalha na transição no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.