Pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz mostra que uma em cada quatro mães, ou seja, 25% das mães de recém-nascidos em todo o país desenvolvem depressão pós-parto. A maioria tem baixa condição socioeconômica e histórico de transtornos mentais.
Pensando na necessidade do cuidado da saúde mental de mulheres durante o pré, o pós-parto e o puerpério, a deputada estadual Gleide Ângelo (PSB-PE) apresentou projeto de lei na Assembleia Legislativa de Pernambuco que cria a Política de Prevenção à Depressão Pós-parto para Mulheres Gestantes, Parturientes e Puérperas.
A proposta da deputada determina que toda e qualquer gestante tenha direito ao acompanhamento terapêutico desde o início do pré-natal, como também após o parto e durante o puerpério. Aquelas mulheres identificadas com sintomas depressivos devem ter encaminhamento imediato e prioritário para tratamento psicológico e psiquiátrico.
“A sociedade costuma silenciar o sofrimento das mães e romantizar a maternidade. Precisamos romper esse tabu e encararmos de frente as necessidades e urgências que envolvem a saúde mental das mulheres”, explica a deputada.
A depressão pós-parto pode ser identificada através de sinais como insônia, perda de apetite, taquicardia, irritabilidade intensa e dificuldade de criar um vínculo com o bebê, por exemplo. E estes sintomas podem perdurar por até mil dias, ou seja, até os primeiros anos de vida da criança.