Para isolar o bolsonarismo e restaurar a democracia no país, o terceiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá ampliar o espectro político. Além disso, construir apoio no Congresso será fundamental, mas não o suficiente: é preciso conquistar um parte da população que votou no candidato derrotado.
A avaliação é do presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, feita à coluna da jornalista Andrea Jubé, publicada nesta terça-feira (8) no jornal Valor Econômico. “O que pode isolar o bolsonarismo é a amplitude do governo e de suas políticas. É um governo que tentará recuperar ou restaurar a plenitude democrática, e para isso, será necessário alargar o espectro político. Não pode ser um governo de esquerda”, afirmou.
O socialista alerta que Lula precisa conquistar uma parte dos eleitores que votaram em Bolsonaro. Essa parcela da população poderá enxergar que as ações e as politicas públicas do novo governo correspondem às suas aspirações. “[A sustentação, via Congresso] É fundamental, mas não suficiente, tem que ter a sustentação popular. É impossível governar um país dividido ao meio por quatro anos”, advertiu.
Siqueira destacou que o PSB, um dos principais partidos da base de sustentação do futuro governo Lula, precisa crescer “fazendo política, atraindo novos quadros e reestruturando o partido”. Dos 32 partidos com registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), salientoa, a sigla está entre as 13 que atingiram a cláusula de barreira nessas eleições.
O presidente do PSB elogiou ainda a decisão de Lula de indicar o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) para coordenar a transição de governo. “Achei excelente a escolha porque é um símbolo do alargamento do espectro político, e pelo fato de ser uma pessoa experiente, ponderada, racional, capaz de conversar com todos os lados, e de criar pontes, que são necessárias para que possamos avançar para reunificar o país”.
Assessoria de Comunicação/PSB nacional