A manipulação de indicadores econômicos utilizada pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) para tentar reverter a vantagem de Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno das eleições caiu por terra, com a divulgação da prévia do Produto Interno Bruto (PIB), que indica queda de 1,13% em agosto em comparação a julho, a maior desde março de 2021.
Especialistas explicam que a estratégia do Planalto era de forjar um suposto crescimento da economia brasileira, que duraria poucos meses e, como uma “bomba-relógio”, estouraria logo após as eleições.
“O negócio era tão frágil que está estourando antes das eleições e todo mundo está vendo o caos a que o Brasil foi exposto e o desastre econômico que representam Guedes e Bolsonaro. Não dá para continuar com essa turma destruindo o País”, explica o economista Eduardo Moreira.
As medidas tributárias para reduzir o preço dos combustíveis, como a que zera impostos federais, tem validade até 31 de dezembro de 2022.
A mudança desses dados refletem o baixo nível de atividade industrial e do comércio varejista, afetados pelos altos juros estipulados pelo Banco Central. Para o candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o verdadeiro vetor brasileiro de recuperação econômica está nos consumo das famílias.
“Eu quero dizer para os comerciantes que eles vão descobrir com muita facilidade que, quando a gente ganhar as eleições, o comércio vai crescer, vai funcionar, vai vender mais porque o povo vai ter o seu poder aquisitivo aumentado”, discursou Lula durante caminhada em São Mateus, Zona Leste de São Paulo, nesta segunda-feira (17).
“Vamos fazer o que já fizemos, mas temos de ter paciência porque o país foi quebrado”, avisou Lula. “O salário mínimo não aumenta, prejudicando as pessoas que recebem pensão e aposentadoria e que estão há cinco anos sem receber o reajuste”, afirma Lula.