Os líderes da oposição e do PSB na Câmara, Alessandro Molon (RJ) e Tadeu Alencar (PE), respectivamente, assinaram um requerimento para convocar o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, a dar explicações sobre as intenções do governo de “comemorar” o golpe militar de 1964. Os socialistas apresentaram o documento na Comissão de Relações Exteriores da Câmara nesta terça-feira (26).
A determinação para que o Ministério da Defesa providencie as “comemorações devidas” do golpe de 64 partiu do presidente Jair Bolsonaro e foi anunciada pelo porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros.
Barros afirmou que o presidente Jair Bolsonaro orientou aos quartéis a comemorarem a “data histórica”, como ele definiu o dia em que um golpe militar derrubou o governo João Goulart e iniciou um regime ditatorial que durou 21 anos no país.
Molon e Alencar rechaçaram a iniciativa. Para os socialistas, celebrar o golpe de 64 é incompatível com o Estado Democrático de Direito. A data deu início ao rompimento da ordem democrática no país, estabelecendo um período de censura, assassinatos, tortura e desaparecimento de pessoas, lembram.
“É absurdo comemorar um período tão sombrio da história brasileira. O ministro da Defesa deve explicações sobre as motivações do governo”, declarou Molon.
A Defensoria Pública da União e o Ministério Público Federal questionaram a ordem de Bolsonaro para que as Forças Armadas comemorem os 55 anos do golpe militar de 64. Para as entidades, a medida viola princípios constitucionais e pode configurar ato de improbidade administrativa.
Assessoria de Comunicação/PSB Nacional com informações da Liderança do PSB na Câmara