O deputado federal Vilson da Fetaemg (PSB-MG) manifestou nesta sexta-feira (12) em suas redes sociais “profunda preocupação” com o despejo de centenas de famílias do acampamento Quilombo Campo Grande pela polícia militar de Minas Gerais, no município de Campo do Meio, região sul do Estado.
Após atear fogo no acampamento para tentar retirar as famílias que resistem no local, a Polícia Militar, sob o comando do governador Romeu Zema (Novo), cercou o local na tarde desta quinta-feira (13).
O acampamento Quilombo Campo Grande foi erguido há mais de 20 anos nas terras da antiga Usina Ariadnópolis, que pertencia à Companhia Agropecuária Irmãos Azevedo (Capia), falida no final da década de 1990. Parte dos antigos trabalhadores da usina, que ficaram sem indenização após a falência da empresa, integram o acampamento.
A área de aproximadamente 4 mil hectares ficou degradada depois da falência da usina, por causa do monocultivo de cana-de-açúcar. Com a ocupação, o local ganhou plantações de café, milho e hortaliças, além da criação de galinhas. Os produtores se tornaram conhecidos pela marca de café Guaií, reconhecido por sua qualidade.
“Vivendo e produzindo alimentos de qualidade há mais de 20 anos no mesmo local, torna-se ainda mais difícil compreender a justificativa para que esse despejo tenha sido realizado justamente neste contexto de pandemia, momento em que mais necessitamos permanecer em nossas casas e zelar pela cadeia produtiva da Agricultura Familiar, responsável por mais de 70% dos alimentos que chegam até a mesa dos brasileiros”, criticou Vilson da Fetaemg.
O deputado afirma que irá buscar estabelecer um diálogo com o governo do Estado para “que esta ação absolutamente fora de propósito seja revertida o mais rápido possível”.
Assessoria de Comunicação/PSB nacional