
Foto: Sérgio Dutti
Em mais de três décadas, o Sistema Único de Saúde (SUS) mudou completamente a realidade sanitária no Brasil, tornando-se o maior sistema de saúde pública do mundo.
A avaliação é do presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira:
“O SUS mudou completamente a realidade sanitária no país, apesar das dificuldades que ainda existem e das resistências aos avanços, o sistema se tornou o maior do mundo alcançando quase 200 milhões de pessoas e oferecendo diversos serviços à população que mais precisa”, destaca.
Hoje, 75% da população depende totalmente do SUS. Mas, de uma forma ou de outra, seja na atenção primária ou na vacinação, todos os brasileiros usam o SUS, mesmo quem tem plano de saúde ou dinheiro para pagar por atendimento.
Dados do Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde (CNES) mostram que 34% dos municípios brasileiros não oferecem serviços particulares de saúde, dependendo exclusivamente do SUS. Os serviços privados só atuam mediante interesse econômico e praticamente não estão disponíveis em municípios de baixa renda. Assim, o caráter universal do SUS se torna ainda mais importante, principalmente, para quem mais precisa.
Cerca de 92% desses municípios sem serviços privados de saúde têm menos de 20 mil habitantes. A região que mais depende dos serviços do SUS é o Nordeste, com 8,9 milhões de pessoas assistidas, logo depois está o Centro-Oeste, com pouco mais de 796 mil habitantes.
Implementado com controle social, o SUS é universal, integral, equânime, gratuito, multiprofissional, intersetorial, municipalizado e regionalizado, co-financiado pelas três esferas de governo e construído com participação da comunidade.
Abrangência e complexidade
O SUS possui diversos programas de saúde pública considerados referência internacional. Um deles é o sistema transplantes, o maior do mundo: cerca de 90% de cirurgias para substituição de órgãos são realizados nos hospitais públicos.
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) é um dos cinco maiores do planeta que oferece à população todas as vacinas preconizadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A jornada contra a Covid-19, por exemplo,apesar da política negacionista do governo Bolsonaro, provou a agilidade que o Brasil tem para imunizar sua população quando há matéria-prima e incentivo para tal. Mesmo começando depois de países como Estados Unidos e Inglaterra, o Brasil vacinou mais rápido.
Para conter a epidemia de Aids, o Brasil atua na prevenção e custeia todo o tratamento da doença. Desde 1996, o país garante acesso universal e gratuito aos antirretrovirais, que aumentou significativamente a sobrevida dos pacientes. E, além dos portadores do HIV, renais crônicos, pacientes com câncer, tuberculose e hanseníase têm assistência integral pelo SUS.
Porta de entrada do SUS, o Serviço de Atenção Móvel de Urgência (SAMU) assiste 85% da população em 67,3% dos municípios do país, alcançando mais de 178 milhões de brasileiros. Pelo número de telefone 192, que funciona 24 horas, o cidadão em situação de urgência é atendido em menor tempo possível por equipe de médicos e enfermeiros em ambulâncias motolâncias, ambulanchas ou aeromédicos.
Além disso, 66% da população é coberta pela Atenção Primária à Saúde (APS), que disponibiliza 43 mil equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) em todo o território nacional, o que ampliou substancialmente a expectativa de vida dos brasileiros, reduziu mortalidades, hospitalizações e a desigualdade racial em mortes e imunizações. No Brasil, os estabelecimentos de atenção primária, como as unidades básicas de saúde (UBS), estão presentes mesmo em cidades que não contam com serviços especializados e hospitais. A atenção básica à saúde do SUS foi eleita pela OMS um dos 10 melhores do mundo.
Assessoria de Comunicação/PSB nacional