
Foto: Aaron Phillipe
Apresentar políticas urbanas e inovadoras alinhadas ao Manifesto e ao Programa do PSB e orientar candidatos e candidatas socialistas para a criação de seus programas de governo. É o que propõe o livro “Cidades Criativas – Diretrizes Para os Programas de Governos Municipais”, lançado na noite desta quarta-feira (16), durante live que contou com a participação do presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, e do secretário de Formação Política do PSB, Domingos Leonelli. Para ter acesso à íntegra do livro, clique aqui.
Com 83 páginas, a publicação é uma iniciativa da Secretaria Nacional de Formação Política do PSB para auxiliar as candidaturas a prefeito(a), vice-prefeito(a) e vereador(a) a incorporarem o conceito de criatividade aos programas de governo municipais. Ela propõe políticas públicas integradas a um plano estratégico de desenvolvimento com inclusão, participação e valorização de vocações identificadas, valores fundamentais do PSB. Nestas eleições, até o momento, o partido conta com 1.128 candidatos e candidatas a prefeito e mais de 13 mil candidatos a vereador.
“As ideias que estão no livro poderão não apenas servir para a conclusão dos programas de governo que estão em curso, mas também subsidiarão os candidatos para os debates. E, depois das eleições, o desafio será muito mais concreto: colocar em prática ideias que caracterizam o nosso partido. Há os problemas convencionais, mas você pode selecionar quatro ideias centrais dentro do programa do PSB que possam caracterizar o que significa uma administração socialista”, sugeriu Siqueira.
Entre os assuntos abordados na publicação estão, por exemplo, o discurso socialista democrático e criativo que os candidatos(as) devem adotar de combate ao racismo, à homofobia, à misoginia e ao entreguismo, e a importância da força política que vem das bases da sociedade, que são os municípios, e as novas ideias do partido a partir do processo de autorreforma para inspirar os candidatos nas eleições municipais.
“São todas ideias que estão centradas no bem-estar do homem, no bem-estar da população, e na possibilidade de diminuir as desigualdades sociais em todas as regiões, o que é uma característica fundamental no nosso partido. O sentido da existência do PSB é justamente procurar promover a ascenção social das classes populares. Isso é o que nos diferencia de um partido liberal, de um partido conservador, de um partido de centro-direita”, disse Siqueira.
O livro auxilia os futuros gestores a fazer um diagnóstico dos problemas e das potencialidades dos municípios, a fazer uma análise de conjuntura, e, a partir disso, propõe sugestões práticas de como fazer as cidades serem criativas e sustentáveis por meio de concursos de inovação tecnológica, da cultura, do esporte e do lazer, da comunicação, e tudo isso aliado ao meio ambiente.
Para os candidatos do PSB, apresentar ideias inovadoras não é apenas uma recomendação, mas um imperativo que reflete o espírito da autorreforma do partido, destacou Siqueira.”É muito importante que os candidatos do Partido Socialista Brasileiro apresentem ideias inovadoras, porque este é o sentido, não apenas da autorreforma, que procurou enfatizar a questão da criatividade e da inovação como uma característica fundamental do PSB”, afirmou.
Ao colocarem em prática as ideias da autorreforma, os candidatos precisam adaptar essas propostas às características e vocações específicas de seus municípios. “Colocando em prática as ideias da autorreforma que estão no nosso programa nacional, eles precisam, a partir das características e da vocação do seu município, se diferenciar mostrando que o Partido Socialista Brasileiro tem compromissos essenciais com toda a população do município, mas em especial e em particular com aquelas populações que mais precisam das políticas públicas”, complementou o presidente do PSB.
Tais propostas são feitas para diversas áreas como saúde, proteção social, emprego e renda, segurança pública, igualdade de gênero, direitos das juventudes e dos idosos, empoderamento feminino e da população negra, e inclusão. Além disso, a transparência e a gestão compartilhada são pontos ressaltados no texto.
As experiências exitosas do PSB na área de segurança pública no Espírito Santo, em Pernambuco, na Paraíba e no Distrito Federal, são destacadas como modelos a serem seguidos pelos gestores municipais para a prevenção da violência, em ação conjunta com os Estados e a União. O programa Pacto Pela Vida, criado em 2007 pelo então governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), é defendido como uma bandeira partidária, visto que a segurança pública deve ser encarada pela população da mesma forma que o Sistema Único de Saúde (SUS): um direito do povo e uma obrigação do Estado.

Foto: Aaron Phillipe
“A criatividade pode ser a marca do nosso partido nessas e nas futuras eleições. Nós temos exemplos não só do que propomos teoricamente mas também como prática. Temos cidades que já são criativas, como Recife, que além do seu porto digital, que é a maior experiência de economia criativa da América Latina, tem também na administração de João Campos uma experiência revolucionária com o programa Conecta Recife, que é um resumo da utilização da tecnologia a favor do ser humano, a serviço do cidadão”, destacou Domingos Leonelli.
Na autorreforma, o PSB promoveu uma atualização profunda em seus conceitos e definiu claramente o tipo de socialismo que deseja para o país: um socialismo democrático e criativo, disse o secretário. O partido foi o primeiro a integrar, em seu programa, os conceitos da nova revolução tecnológica e os novos paradigmas mundiais, econômicos, sociais e culturais decorrentes desta profunda transformação, observou.
Enquanto o capitalismo utiliza a criatividade para ampliar lucros e mercados, o socialismo criativo do PSB busca ampliar os espaços de felicidade, bem-estar e redução das desigualdades. “É o nosso principal compromisso essencial. Uma cidade criativa para nós, não é o mesmo que uma cidade criativa para um capitalista. Os partidos de direita até fazem alguns esforços, mas é sempre no sentido de ampliar mercados, de garantir lucros. Mas, além de garantir esses lucros, nós desejamos também ampliar os espaços de felicidade, de bem-estar, de liberdade do ser humano, que o capitalismo não é capaz de realizar”, disse Leonelli.
Para Leonelli, uma cidade criativa não é apenas aquela que tem tecnologicamente possibilidade de se desenvolver, mas sim aquela que busca criativamente solucionar os problemas de forma inovadora. “Uma proposta inovadora para a saúde, para a educação. Por exemplo, nós temos uma solução inovadora para a educação como nenhum outro partido tem. Uma cidade criativa é aquela que encontra soluções, que consegue extrair, dentro da sua própria comunidade, soluções que resolvam os problemas da população”, declarou.
Assessoria de Comunicação/PSB nacional