Nesta terça-feira (13), recorda-se o falecimento de dois dos homens que melhor representaram os valores do PSB.
Eduardo Campos e seu avô Miguel Arraes, ambos governadores de Pernambuco e presidentes nacionais do PSB, entraram para a história como exemplos de líderes políticos que contribuíram com a democracia brasileira, com a defesa da cidadania, com o combate à desigualdade social e as injustiças, e com a ideia de um projeto de desenvolvimento para o país.
São dois exemplos de homens públicos que amaram o povo, que consideravam a dignidade deste como uma condição inegociável dentro desse projeto nacional.
Prefeito, deputado estadual e federal, três vezes governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Arraes dedicou a maior parte de sua vida ao desafio de mudar a realidade do povo mais sofrido de Pernambuco e defender as liberdades no Brasil.
“Dr. Arraes dedicou sua vida à defesa da democracia e sempre que ela esteve ameaçada se impôs honrando a confiança que o povo sempre lhe delegou”, recorda o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira.
“Ele nos deixou sua visão de mundo e exemplo como cidadão, homem público, dirigente partidário e líder político”, afirma.
O histórico Acordo do Campo, que garantiu aos trabalhadores rurais, pela primeira vez no país, os benefícios da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e o Programa Chapéu de Palha são exemplos de políticas do governo de Arraes que asseguraram alternativas de renda aos agricultores no Estado de Pernambuco.
Líder nacional da esquerda, deposto em 1964, Arraes foi encarcerado em Fernando de Noronha, preso no Rio de Janeiro e exilado na Argélia, mas manteve a luta contra a ditadura, retornando ao Brasil depois de 15 anos, em 1979, com a Anistia. Presidiu o PSB entre 1993 e 2005, ano de sua morte.
NOVA GERAÇÃO
Herdeiro de uma tradição de raízes populares, cuja grande referência era o ex-governador Miguel Arraes, Eduardo Campos foi expoente de uma nova geração de políticos brasileiros.
“Em comum, dr. Arraes e Eduardo deram a sua contribuição para a luta em defesa dos interesses do país e de seu povo”, resume Siqueira.
Governador reeleito de Pernambuco, Eduardo implantou programas que se tornaram modelos na educação, o que ele sempre enxergou como recurso para que o país se reinventasse, a partir do investimento no capital humano.
Considerado por cinco vezes o melhor governador do Brasil, Campos tinha 90% de aprovação ao deixar o Palácio do Campo das Princesas. Presidiu o PSB entre 2005 e 2014, quando se tornou candidato à presidência da República e enfrentou o maior desafio da sua trajetória política.
“Eduardo Campos faz muita falta ao Brasil. Era um homem de profundas concepções democráticas, um combatente vigoroso pela justiça social, um governante excepcional que deixou grande legado nas áreas mais fundamentais na vida das pessoas”, afirma o presidente do PSB.
Investido na função de ministro de Ciência e Tecnologia, Eduardo reelaborou o planejamento estratégico da pasta, reorientou os programas espacial e nuclear brasileiros, aprovou a Lei de Inovação Tecnológica e ainda a Lei de Biossegurança, permitindo a pesquisa científica com células-tronco.
Durante campanha presidencial, percorreu o país apresentando suas ideias e, por onde passava, ganhava a confiança de milhões de pessoas. No dia 13 de agosto, porém, um acidente aéreo em Santos (SP) resultou em sua trágica e prematura morte.
“Foi um político vigoroso no parlamento e no executivo, soube combinar a defesa das bandeiras históricas com ações transformadoras no governo. Inovou em sua atuação política sem nunca ter desonrado o passado de luta dos socialistas em favor do povo mais humilde”, resume.
Assessoria de Comunicação/PSB nacional