
Foto: Sérgio Dutti
O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, liderou o debate de um dos seis grupos temáticos do XVI Congresso Nacional do partido neste sábado (31).
Com o tema Conjuntura Nacional e o Fortalecimento do PSB para as eleições de 2026 a mesa aprofundou a análise do atual cenário político e discutiu os rumos estratégicos da legenda para consolidar sua posição no Congresso Nacional e nos governos estaduais e municipais.
Siqueira fez um balanço dos desafios enfrentados pelo partido nas últimas eleições e projetou o futuro da sigla diante das mudanças na legislação eleitoral e do novo perfil do eleitorado brasileiro.
“Fomos prejudicados pela eleição de 2022 em função de dois fatores e temos procurado evitá-los. Um deles foi uma longa discussão sobre a federação que o PT e o PCdoB nos propuseram. Eu resisti bravamente a ela. O outro fator foi a mudança drástica da legislação, embora positiva, porque vai na linha do enxugamento do número de partidos, que realmente é excessivo”.
Siqueira afirmou que o documento do eixo temático foi muito bem pensado, palavra por palavra. Ao examinar o quadro nacional ele afirmou que “o atual governo é infinitamente melhor que o anterior”.
“Não só do ponto de vista democrático, por ter salvado a democracia, mas também na área administrativa. O que há, então, com tamanha desaprovação? Há um aspecto político. Há uma mudança do perfil do eleitorado brasileiro. Um dos objetivos da minha próxima passagem pela Fundação João Mangabeira é fazer um estudo profundo da cabeça do atual eleitorado”.
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, também integrou a mesa e defendeu uma renovação política e fortalecimento do PSB com foco nas eleições de 2026.
Casagrande destacou que o Brasil vive as contradições de um sistema presidencialista em que o Congresso Nacional, sem responsabilidade direta sobre a execução do orçamento, acaba influenciando fortemente nas decisões que deveriam ser exclusivas do Executivo. “O Congresso está executando o orçamento, mas não responde por ele. Isso cria deformações institucionais que comprometem o funcionamento do nosso sistema”, afirmou.
Ao tratar do cenário político atual, Casagrande observou que o governo do presidente Lula enfrenta dificuldades de comunicação. Segundo ele, essa falha impediu a criação de um ambiente de renovação e esperança, essencial para engajar a população. “As pessoas não querem mais do mesmo. Querem algo novo. E o governo não conseguiu traduzir isso de forma eficiente. O sentimento de mudança não se materializou.”
O governador exaltou o papel do PSB nesse contexto, destacando que o partido tem uma proposta clara para o país, construída nos últimos anos, mas alertou: “Para colocá-la em prática, precisamos de representatividade. Prefeitos, vereadores, deputados, governadores e até o presidente da República. Sem isso, não avançaremos. Temos que ser audaciosos.”
Também participaram da mesa Bandeira de Mello, deputado federal (PSB/RJ) , Sinoel Batista, secretário do Eixo Temático e Dora Pires, Secretária Nacional de Mulheres.
Assessoria de Comunicação/PSB nacional