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O governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), destacou as políticas públicas do seu governo que conciliam a preservação da floresta, o combate à fome, a geração de renda e a inclusão social. “Não adianta os países ricos cobrarem preservação da floresta se a gente não garantir dignidade ao povo que vive nela. Se não houver geração de renda, vão continuar vendendo madeira e destruindo a floresta”, afirmou, em entrevista ao jornalista Leonardo Sobreira, da TV 247, durante agenda oficial em Londres, onde participou da Semana Climática e da assinatura de um aliança para projetos de restauração ecológica no Maranhão.
Entre os principais programas, o Maranhão sem Queimadas elevou o estado da sexta posição entre os que mais registravam incêndios florestais para a segunda entre os que menos registram queimadas. Com o apoio do Fundo Amazônia, o governo recebeu R$ 45 milhões para equipar e ampliar o Corpo de Bombeiros.
Outro destaque é o programa Floresta Viva, que busca restaurar áreas degradadas por meio da produção de mais de 1 milhão de mudas, especialmente de açaí. O projeto já atua em quatro municípios e conta com a participação de 16 multinacionais, incluindo a suíça Mercuria, com investimentos de US$ 100 milhões. “O açaí recompõe a floresta e gera renda. Se não tiver renda, o nativo vai vender a madeira”, disse o governador.
O Maranhão também lidera um ambicioso projeto de regularização fundiária, o Par do Campo, que já distribuiu mais de 20 mil títulos de propriedade rural. “É como uma certidão de nascimento. Sem terra regularizada, não tem acesso a crédito nem a políticas públicas”, explicou.
O governador também detalhou o programa Maranhão Livre da Fome, que integra ações de transferência de renda, segurança alimentar, atenção à saúde e qualificação profissional. O benefício concede R$ 200 por família, com acréscimo de R$ 50 por criança de até seis anos. Os valores são disponibilizados por meio de um cartão social, com restrições para a compra de bebidas alcoólicas e jogos de azar, inspirado em modelos adotados por igrejas evangélicas durante a pandemia. “Nosso cartão é para garantir comida na mesa. E a gente sabe onde cada centavo é gasto .Já conseguimos tirar mais de 1 milhão de pessoas da extrema pobreza, segundo a Fundação Getúlio Vargas e o IBGE”, disse.
A estrutura do programa inclui café da manhã a R$ 0,50 e almoço e jantar a R$ 1 nos 185 restaurantes populares espalhados pelo estado. Além disso, as famílias beneficiadas recebem check-ups médicos, óculos, cirurgias de catarata e próteses dentárias, preparando-as para entrar no mercado de trabalho. A capacitação profissional é feita em parceria com o Sistema S, com cursos para manicures, cabeleireiros, técnicos de ar-condicionado e camareiras. “Não é só dar o peixe. É dar o anzol também. Comida, saúde, capacitação. Esse é o caminho para sair da miséria”, afirmou.
Brandão também comemorou a conquista do título de Patrimônio Natural da Humanidade concedido pela Unesco aos Lençóis Maranhenses, o terceiro reconhecimento à cultura e ao território maranhense em menos de um ano. Na segurança pública, destacou a renovação da frota, novos concursos e a melhoria nas estruturas policiais, que levaram o estado ao 7º lugar no ranking nacional.
Já no campo econômico, apontou avanços na infraestrutura do Porto do Itaqui e a conquista do status de zona livre de febre aftosa sem vacinação, abrindo novos mercados para a carne maranhense. “Um estado rico com um povo pobre não tem sentido. Nosso compromisso é com um Maranhão mais justo, solidário e cheio de oportunidades”, afirmou.
Com informações do Brasil 247