
Brasília (DF), 20/08/2025 – O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin,durante coletiva após reunião com o presidentes da Câmara, Hugo Motta. Foto: Lula Marques/Agência Brasil
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou que o Brasil insistirá na negociação comercial com os Estados Unidos, diante do tarifaço de 50% aplicado pelo governo americano sobre produtos brasileiros. “Não vamos desistir, vamos continuar negociação permanentemente”, afirmou, em entrevista exibida pela GloboNews na noite de quarta-feira, 20.
Entre os objetivos que o governo brasileiro pretende alcançar nas negociações, estão a exclusão de mais produtos do tarifaço e a redução da alíquota. Já entre as possíveis concessões, o vice-presidente citou a possibilidade de um acordo de não bitributação com os Estados Unidos.
Alckmin visitou o Congresso Nacional e se reuniu com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, quando pediu celeridade na votação de projetos que ampliam as medidas de apoio ao comércio exterior brasileiro, sobretudo as matérias ligadas ao Plano Brasil Soberano, lançado na semana passada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Pedimos urgência para os dois projetos que estabelecem apoio para preservar empregos e os produtos afetados pela tarifa de 50% dos exportadores brasileiros para os Estados Unidos”, destacou o vice-presidente, referindo-se à Medida Provisória 1.309/25 e ao Projeto de Lei Complementar 168/2025 ligadas ao plano.
Em relação à decisão do Departamento de Comércio dos Estados Unidos, anunciada na terça-feira (19), sobre a inclusão de produtos que têm aço e alumínio na seção 232 da lei norte-americana, Alckmin avalia como positiva, pois melhora o cenário de competitividade.
“Saem dos 50% e vão para a seção 232, o que torna igual a nossa competitividade com o restante do mundo, menos com o Reino Unido, único que está fora da seção 232. Então, isso vai dar uma melhora na competitividade industrial”, comemorou.
Neste universo, estão produtos que têm conteúdo de aço e ou de alumínio como máquinas, equipamentos e motores, entre outros.
Alckmin disse que 45% das exportações brasileiras ficaram de fora do tarifaço, enquanto cerca de 36% foram afetadas. De janeiro a julho, segundo o vice-presidente, as exportações brasileiras para o mercado americano cresceram 4,2%. “O Brasil não é problema para os Estados Unidos”, reiterou.
Alckmin disse ainda que deverá viajar para o México na próxima semana em busca da abertura de novos mercados para os produtos que seriam destinados aos Estados Unidos.






