O secretário de Relações Internacionais do PSB, Paulo Bracarense, e a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) participaram de uma conferência regional da Aliança Progressista, realizada em Buenos Aires, Argentina, entre os dias 18 e 20 de setembro. Com o tema “Pela democracia e pelo internacionalismo”, o evento reuniu lideranças políticas, representantes de fundações e movimentos sociais de diversos continentes para debater o avanço global da extrema-direita e os caminhos para a construção de uma agenda progressista internacional.
A agenda teve início no dia 18, com reuniões paralelas da Aliança Progressista das Américas (APLA), encontros com think tanks locais e organizações de gênero e LGBTQIA+ da Argentina, além da apresentação do estudo da Fundação Friedrich Ebert sobre o eleitorado de Javier Milei, conduzido pela socióloga Esther Solano.
No dia 19, a direção global da Aliança Progressista aprovou resoluções políticas estratégicas, entre elas a proposta apresentada pelo PSB sobre Justiça Climática e a participação da Aliança nas atividades da COP 30, que ocorrerá no Brasil em 2025. Dois painéis marcaram o dia: “Em uma encruzilhada: Argentina e América Latina em um mundo dividido” e “Pela Democracia e pelo Multilateralismo: enfrentando as ameaças transnacionais da extrema-direita”.
Declaração oficial
Ao final do encontro, a Aliança Progressista das Américas (APLA) refirmou, em sua declaração oficial, seu compromisso com a construção de um mundo mais justo, democrático, igualitário e ambientalmente sustentável.
Em um contexto global marcado pela ascensão da extrema direita, pela disputa geopolítica por mercados e recursos naturais e pelo enfraquecimento de instituições multilaterais, a APLA alertou para os riscos crescentes à democracia, aos direitos humanos e à paz mundial. Segundo a Aliança, essas ameaças não são eventos isolados, mas parte de um projeto autoritário, reacionário e neocolonial de alcance internacional.
O documento denuncia que tais forças políticas, “com posições racistas, antifeministas, homofóbicas e xenófobas”, atacam instituições democráticas, promovem o negacionismo climático e disseminam discursos de ódio baseados em teorias conspiratórias, negacionistas e “distorções religiosas que incitam o ódio”.
Diante desse cenário, a APLA defendeu a construção de uma nova alternativa política progressista, com base nos valores da democracia, solidariedade, justiça social e dignidade humana. “O futuro não está escrito, o escreveremos nós, com a força de nossas convicções e a memória de quem nos precedeu”, afirma o texto.
Acesse a íntegra: 2025 BUENOS AIRES-DOCUMENTO APLA






