A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara aprovou, nesta quarta-feira (30), o Projeto de Lei nº 3.683/2012 da deputada federal Sandra Rosado (PSB-RN) que inclui o nome da voluntária nas tropas brasileiras, Jovita Alves Feitosa, no livro dos Heróis da Pátria.
O Livro dos Heróis da Pátria, depositado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, destina-se ao registro perpétuo do nome dos brasileiros ou de grupos de brasileiros que tenham oferecido a vida à Pátria, para sua defesa e construção, com excepcional dedicação e heroísmo.
Não se sabe se nasceu no Piauí ou no Ceará, mas certo é que Jovita Alves Feitosa deixou sua família e terra natal, de forma voluntária, para se juntar à luta em defesa do Brasil na Guerra do Paraguai. Jovita tornou-se conhecida pela bravura e destemor com que, aos 17 anos de idade, se preparou para lutar na Guerra do Paraguai, chegando a se disfarçar de homem para ser aceita na tropa.
A audaciosa moça, no entanto, foi impedida de ir aos campos de batalha pelo então Ministro da Guerra, Visconde de Cairú, que lhe negou a permissão para combater, concedendo-lhe apenas o direito de agregar-se ao Corpo de Mulheres que prestava serviços “compatíveis com a natureza feminina”. Jovita fixou-se, então, no Rio de Janeiro, decepcionada com o acontecido. Após outras frustrações em sua vida pessoal, caiu em profunda depressão e acabou suicidando-se com uma punhalada no coração, com apenas dezenove anos de idade.
“A história, mesmo que breve, dessa brava mulher contribuiu, certamente, para o engrandecimento do espírito cívico na época e como incentivo para a luta da emancipação da mulher brasileira”, afirma a deputada Rosado na justificativa do PL.