
Foto: Humberto Pradera
O ex-governador de São Paulo Márcio França tomou posse, na manhã desta quarta-feira (31), como novo presidente da Fundação João Mangabeira (FJM) para o triênio 2021-2024.
Também foram empossados Alexandre Navarro como diretor vice-presidente (reeleito), o ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha, como diretor de Organização, a advogada Amanda Sobreira na Diretoria de Estudos e Pesquisas, e o coordenador da FJM em São Paulo Mário Luiz Guide na Diretoria Financeira.
Devido aos cuidados com a pandemia e seguindo os protocolos de segurança, o evento foi realizado somente com a presença do presidente nacional do PSB e do Conselho Curador da FJM, Carlos Siqueira, e dos membros da diretoria da entidade. Por meio de uma transmissão pelas redes sociais, puderam acompanhar a solenidade os governadores socialistas do Espírito Santo e de Pernambuco, Renato Casagrande e Paulo Câmara, respectivamente, prefeitos, parlamentares, secretários e secretárias nacionais dos segmentos nacionais do PSB, militantes e convidados.
Siqueira demonstrou sua satisfação ao empossar França, desejou uma gestão exitosa e destacou sua trajetória política pública e partidária. “Seguramente a nossa Fundação está em boas mãos porque o nosso companheiro, além de ter uma experiência muito grande por todas as funções executivas e legislativas pelas quais já passou, é também uma pessoa da mais inteira confiança do nosso partido, tendo a ele prestado importantíssimos trabalhos durante sua longa trajetória no PSB, único partido ao qual é filiado desde sempre”.
“Certamente a sua experiência, dedicação, capacidade poderão melhorar tudo que nós fizemos e poderá inovar, sobretudo, para que a nossa Fundação possa ser ainda mais útil ao desenvolvimento do nosso partido”, afirmou.
Siqueira destacou a importância da formação política, da formulação de políticas públicas, da atração de novas lideranças e da preparação da juventude para ocupar espaços partidários, nos parlamentos e nos governos.
Eleito na semana passada para a presidência por unanimidade dos votos do Conselho Curador da FJM, Márcio França agradeceu a escolha de seu nome e ressaltou que uma das tarefas da política é devolver esperança às pessoas.

Foto: Humberto Pradera
Desta forma, o socialista afirma que o momento é de o partido e a Fundação atuarem na resistência pelas pessoas que acreditam em dias melhores, apesar das crises política, social, sanitária e econômica que o país vive sob o governo de Jair Bolsonaro.
Pelos 57 anos do golpe civil-militar, neste 31 de março, Carlos Siqueira mencionou uma nota conjunta do PSB e de outros partidos da oposição, em que declaram “nada ter a celebrar no dia 31 de março” e se manifestam contra o autoritarismo e o arbítrio vividos atualmente com o governo Bolsonaro.
Siqueira fez ainda uma homenagem ao ex-presidente nacional do PSB, Miguel Arraes, por sua resistência e luta nos tempos da ditadura militar. “Quero fazer uma homenagem ao companheiro resistente de 1964, Miguel Arraes, que seguramente onde estiver, junto com Eduardo Campos, estará alegre, como todos nós, com a posse de Márcio França na nossa Fundação”, afirmou com a voz embargada de emoção.
França parabenizou os cientistas e pesquisadores que têm trabalhado assiduamente no combate à pandemia e destacou a importância das pesquisas científicas. “Para termos boas intervenções nas realidades, precisamos ter boas pesquisas. Por isso, precisamos ter na Fundação pesquisas avançadas que nos deem a chance de decidir mais rapidamente e mais certeiramente, e ao mesmo tempo fazer com que as pessoas, principalmente os jovens, possam se instruir corretamente”.
Neste sentido, ele defendeu a criação pela Fundação de cursos gratuitos de graduação em Administração Pública a serem ofertados aos filiados e outros jovens. “Precisamos preparar os jovens para cargos públicos e faremos isso na Fundação. Isso pode, deve e será feito!”, afirmou relacionando ainda a formação política com o crescimento do partido.
“A Fundação só existe por causa do partido. O objetivo principal da Fundação é que o partido cresça, vença, e que várias pessoas se elejam. Daqui um ano e pouco, teremos convenções e precisamos ter essa tarefa completa. Precisamos mostrar para as pessoas que o socialismo que pregamos e que defendemos é o que deu certo”, explicou.
França ressaltou ainda a importância da juventude para a renovação do partido, no momento em que se vive o processo de autorreforma, citando nomes como o do prefeito do Recife, João Campos (PSB), e do deputado estadual socialista Caio França.
“Na última conversa que tive com o João Campos, ele me animou muito a aceitar esta tarefa de assumir a Fundação e me falou sobre a ideia de trazermos de volta uma parte dos jovens do Brasil que gostariam de participar de atividades políticas, mas que se assustam com esse ambiente que temos na política, especialmente nos partidos, não de maneira equivocada, porque tudo isso é reflexo do que aconteceu nos últimos anos, e as pessoas foram se afastando da política”, contou.
Socialistas celebram a posse de França
O governador do Espírito Santo e ex-presidente da FJM, Renato Casagrande, também saudou Márcio França. “É uma liderança que nós convivemos há bastante tempo, confiamos, conhecemos, sabemos da sua capacidade de articulação, do seu pragmatismo e da lealdade que tem com as políticas do partido. Eu já tive a honra e a alegria de ser presidente da Fundação João Mangabeira e sei que é um espaço importantíssimo de trabalho colaborativo com o PSB e com a direção nacional. O trabalho precisa ser feito em conjunto e a competência do Márcio, a capacidade que ele e Carlos Siqueira têm de trabalhar, vai ser um ambiente bom para produzirmos na Fundação”, afirmou.
Paulo Câmara, governador de Pernambuco, destacou a determinação de França em aceitar a missão de “conduzir os destinos da Fundação, que é um braço importante do partido e dos pensamentos do PSB”. “O Brasil hoje vive um dos piores momentos, de muitos retrocessos. Nós precisamos de muita unidade para enfrentar tantas ameaças e desatinos. A Fundação tem essa missão junto e dentro do PSB de pensar e planejar um futuro melhor que garanta ao povo brasileiro o país que ele merece!”.
O ex-governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, afirmou que não poderia haver nesse momento tão desafiador da política brasileira um nome tão preparado para cumprir a missão de assumir a FJM.
Para o prefeito do Recife, João Campos, a posse de Márcio França e da nova diretoria ocorre num momento oportuno, em que o Brasil passa por uma grande instabilidade democrática. Desta forma, a Fundação, afirma ele, é um importante instrumento para que se possa discutir políticas públicas, formar quadros no partido, espalhar as práticas bem sucedidas das gestões socialistas Brasil afora.
“Neste momento, o PSB deve mais do que nunca mostrar sua força, sua altivez e sua capacidade de construção, de debater os problemas brasileiros e apontar caminhos. As pessoas estão desesperançosas com o futuro do país e o PSB nunca pode abrir mão de ser a esperança que pode entregar uma qualidade de vida melhor para a nossa gente”, disse Campos.O líder do PSB na Câmara dos Deputados, Danilo Cabral, afirmou saber da contribuição que a FJM tem na superação do momento pelo qual passa o país. “Sabemos da importância que tem a Fundação João Mangabeira para que possamos, nesse momento que vivemos no país, apontar o que a sociedade brasileira espera do nosso partido e afirmar nossos valores, sobretudo nesse momento de instabilidade institucional, política, social, econômica que a gente vive no Brasil, os valores da defesa da democracia, da soberania, da defesa dos mais vulneráveis”.
O líder da Oposição na Câmara, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), também cumprimentou Márcio e os novos membros empossados da FJM. “Parabéns por esse novo desafio. Tenho certeza de que o PSB, e mais do que ele, todo o campo progressista, e mais do que isso, todo nosso país vão se beneficiar dos conhecimentos que a Fundação vai produzir durante sua gestão, ajudando o Brasil a reencontrar seu caminho nesse momento tão difícil da nossa história, em que a democracia e os direitos dos brasileiros são colocados em xeque”, disse.
Assessoria de Comunicação/PSB Nacional