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O candidato a vice-presidente da República na coligação Vamos Juntos pelo Brasil, Geraldo Alckmin (PSB) disse, nesta terça-feira (13), durante visita à Santa Casa, em Belo Horizonte, que o Brasil “andou para trás” no governo Bolsonaro. O ex-governador citou a volta do país ao Mapa da Fome, a alta inflação, o recorde de desmatamento da Amazônia e o negacionismo do atual presidente na pandemia de Covid-19, que levou o país a 685 mil mortos.
Alckmin fez discurso em prol da unidade democrática e criticou Bolsonaro, a quem, indiretamente, chamou de alguém que tem “saudades da ditadura”.
“Entendemos que o Brasil andou para trás, de forma retrógrada. Na área democrática, há um candidato que tem saudade da ditadura e da tortura. Na economia, 33 milhões de brasileiros passando fome. A inflação de comida chega a 30% e, em alguns produtos, a mais de 50%”, disse.
O ex-governador visitou a casa de saúde ao lado de Alexandre Kalil (PSD), que concorre ao governo de Minas Gerais com o apoio do PSB. Ele destacou que na área da saúde, Lula, se eleito, vai pensar em uma forma de financiar hospitais filantrópicos como a Santa Casa e de melhorar o Sistema Único de Saúde (SUS).
Alckmin defendeu ainda a simplificação do sistema tributário, investimentos em infraestrutura e logística e o fortalecimento das instituições e da democracia para o desenvolvimento do país.
Médico, Alckmin apontou “negacionismo” por parte de Bolsonaro diante da pandemia de COVID-19. “A educação está sem projeto. Negar vacina? Três coisas mudaram o mundo: água tratada, de qualidade, vacinas e antibióticos. Vivemos 40 anos de idade (em média); pulamos para quase oitenta”.
O candidato estendeu a crítica a outros temas, como o meio ambiente. “Há destruição da Amazônia. Não é por agricultor. É por grileiros de terras”.
Sobre a última pesquisa Ipec, divulgada na segunda-feira (12) e que aponta a possibilidade da chapa Lula-Alckmin vencer já no primeiro turno, o ex-governador adotou cautela. A pesquisa mais importante é a do dia da eleição. Se você perguntar a minha opinião, queremos ganhar no primeiro turno, mas podemos ganhar no segundo também”, disse.
Depois de visitar as instalações da Santa Casa, Alckmin seguiu para um encontro com Dom Walmor de Oliveira Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Segundo o ex-governador, o objeto era ouvir um líder tão importante como Dom Walmor e a CNBB, como na semana passada, quando ele e Lula tiveram um encontro com evangélicos em São Gonçalo, no Rio de Janeiro.