Em conversa com jornalistas na sede do comitê da campanha em São Paulo, após a primeira reunião com membros da equipe do programa de governo, a candidata à Presidência da República pelacoligação Unidos pelo Brasil, Marina Silva, junto com o candidato a vice, Beto Albuquerque, reafirmou o compromisso de dar continuidade ao programa de governo que já vinha sendo discutido há meses, antes da trágica morte de Eduardo Campos.
Marina Silva foi enfática ao destacar que “todos os compromissos serão mantidos”. Não se furtou em ressaltar que pretende acabar com a reeleição, no intuito de que se estabeleça no Brasil uma lógica em que se pense o que é melhor para o país e não se priorize apenas agenda da reeleição e os interesses partidários. “Vamos dizer não à perpetuação do poder pelo poder.”, afirmou.
Defensora de uma nova forma de governança, em que a velha prática de se atacar os opositores não cabe mais, Marina lembrou que a ambição de seu governo é dar foco a um trabalho que se faz junto com a sociedade:
“Pretendemos a vitória de um projeto político que busca uma nova governabilidade, que tem o compromisso de manter as conquistas, de respeitar o legado daqueles que nos antecederam, mas corrigindo os erros. Não pretendemos ter complacência com os erros. Mas encarar os novos desafios na forma da educação, da segurança, da infraestrutura, do passe livre. Tudo para que o nosso país possa transformar em vantagens competitivas as nossas imensas vantagens comparativas. Nós vamos precisar muito do envolvimento da sociedade. É a sociedade que vai fazer a mudança. Os nossos partidos são apenas a base de sustentação para esse processo”.
A presidenciável foi questionada sobre os resultados das pesquisas que têm sido muito favoráveis à sua entrada na disputa pela presidência. Marina prefere o salto baixo e a humildade. “As pesquisas registram um momento. Nós queremos continuar o debate para mostrar como queremos que esse sentimento de mudança possa se transformar numa realidade que seja boa para todo mundo. Mais 70% dos brasileiros querem a mudança”, disse.
Para ela, o sentimento de mudança vai ser consolidado a partir da análise das propostas e da trajetória dos candidatos. “Precisamos acabar com as posturas que levam a um sentimento que virou um fastio, um incomodo na população brasileira, que é a polarização”, disse ela. Seria a lógica de que a oposição só vê defeitos, mesmo quando existem acertos que são evidentes. “A nossa lógica é assumir uma posição que respeita que é bom, tendo uma posição para corrigir os erros e uma atitude de responsabilidade para com o futuro do Brasil.”