O deputado federal Rafael Motta (PSB-RN) defendeu “uma nova postura” na política brasileira durante o seu discurso a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, no plenário da Câmara dos Deputados, nesta sexta-feira (15). Para justificar o seu voto, o socialista atacou o desemprego, a economia “em frangalhos”, os casos de corrupção e a “vergonha internacional” a que o país foi exposto pela crise provocada pelo atual governo.
“Se os tempos cobram mudanças, meus amigos do PSB, vamos fazê-las. Não somos escravos de um modelo sectário esgotado pela conduta reprovável no aspecto moral. Somos e devemos ser instrumentos de liberdade e da retomada do crescimento”, declarou o deputado, que disse falar pela juventude e pelos 176 mil potiguares que o elegeu.
Rafael Motta observou que a Constituição é clara sobre os atos da Presidência da República que são enquadrados como crime de responsabilidade, e lembrou que a improbidade administrativa está entre eles. “Eu digo não a um governo que colecionou incompetências com atitudes imperdoáveis à Constituição que jurou honrar. Não sou omisso nem pactuo com ilicitudes. Impeachment não é golpe. É, portanto, um resgate social, ético e econômico”, afirmou.
Para o deputado, as manifestações pelo país mostram que o brasileiro anseia por "um novo fazer político". “É preciso reconstruir a nação. É preciso salvar o futuro da nova geração. O que se pede hoje é um novo tempo que retrate os anseios da sociedade”, declarou o socialista."Pela juventude do meu estado, pelo povo potiguar, pela justiça, pela economia recuperada, eu voto sim pela abertura do processo do processo de impeachment".