O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, assinou nesta terça-feira (25) o contrato de gestão do Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), durante a 310ª Reunião do Conselho de Administração da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), em Manaus.
A medida permite que a instituição seja administrada pela Fundação Universitas de Estudos Amazônicos, o que deve multiplicar o potencial de ampliação das atividades do Centro, com possibilidade de captação de até R$ 120 milhões em recursos privados, além do repasse do governo federal, em torno de R$ 12 milhões anuais.
O centro atua há 21 anos em pesquisa e criação de novos produtos com matéria-prima da Amazônia, como alimentos, bebidas, medicamentos, cosméticos e produtos farmacêuticos. Também atua na capacitação de moradores de comunidades tradicionais.
Segundo Alckmin, com o contrato, o Centro de Bionegócios passa a ter flexibilidade para atrair investimentos que serão aplicados em pesquisa e inovação. O que já está garantido são R$ 47 milhões ao longo de quatro anos. Além disso, ela poderá buscar recursos privados para poder investir em pesquisa, desenvolvimento, inovação em bionegócios, como transformar a biodiversidade amazônica em cosméticos, remédios, alimento, enfim, transformar em renda, emprego, patentes, empresas e novos negócios”, disse.
Entre as metas que a Fundação Universitas terá que cumprir até 2027 estão a captação de R$ 120 milhões de recursos privados; geração de R$ 6 milhões de receitas com comercialização de produtos, processos e serviços; e aplicação de um percentual mínimo de recursos em atividades, processos e projetos finalísticos, em índices crescentes até atingir 40% no último ano.
Projetos
A entidade também terá que executar cinco projetos até 2024 e 30 projetos até 2027; contratar 45 líderes de pesquisas em laboratórios até 2024 e 60 líderes em 2027; e registrar dois ativos de patentes até 2024 e 10 de ativos de patentes até 2027.
Durante a cerimônia de assinatura, Alckmin elogiou a estrutura do CBA e destacou o potencial do órgão de fomentar oportunidades de emprego e renda na região. “Teremos agora a biodiversidade amazônica gerando emprego, renda, patente e realizando pesquisas e desenvolvimento para a região. Além dos recursos públicos, terá também a iniciativa privada. O desafio está lançado, são 28 milhões de pessoas que vivem na região que vão precisar dos recursos do CBA”, declarou o vice-presidente.
O vice-presidente destacou ainda o Amazonas como protagonista do desenvolvimento sustentável no país. “Eu acho que a região Norte, o Amazonas, e a região vão ser os grandes protagonistas da nova década. Desenvolvimento, pesquisas científicas, geração de emprego, é tudo o que o mundo precisa”, disse.
Em Manaus, Alckmin também participou de uma reunião da Suframa para aprovação de 42 projetos industriais, de serviços e agropecuários, que totalizam R$ 727,3 milhões em investimentos. Há expectativa de criação de mil empregos e faturamento de R$ 4,2 bilhões. Em outra parte da agenda na capital amazonense, Alckmin inaugurou um distrito de micro e pequenas empresas.
Posse
O Conselho de Administração do CBA é presidido pelo secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do MDIC, Rodrigo Rollemberg.
“O CBA tem uma estrutura robusta e um potencial enorme. Seu desafio é trabalhar em rede com outras instituições da Amazônia para transformar conhecimentos em produtos e negócios de impacto social e econômico”, afirmou Rollemberg.
Segundo ele, entre as instituições com potencial para participar dos projetos estão o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), o Museu Paraense Emílio Goeldi, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), universidades federais e estaduais, institutos de educação, institutos privados de ciência e tecnologia e empresas interessadas em atuar na região.
O CBA foi criado em 2002 e conta com uma estrutura de 12 mil metros quadrados que inclui 26 laboratórios, um núcleo de produção de extratos, uma planta piloto industrial e uma incubadora de empresas, entre outros equipamentos e instalações.
Com informações de G1, Agência Brasil e BNC
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