Em reunião com recém-empossados do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB) destacou, nesta quarta-feira (4), a participação de diferentes segmentos da sociedade para auxiliar o Executivo na definição de políticas prioritárias para o país.
Alckmin disse que o colegiado contribui para o avanço da democracia, ao passo que traz “boas oportunidades” na busca por “eficiência econômica” e “proteção social”. “É nas democracias que se constroem uma sociedade e um mundo melhor. E hoje exercemos essa democracia com o Conselho. É a presença plural. A marca do Brasil é a pluralidade. E é a partir dessa pluralidade que nós vamos conseguir avançar”, declarou.
Recriado pelo presidente Lula após ser extinto no governo Bolsonaro, o Conselhão, como é mais conhecido, reúne 246 conselheiros, sendo 40% mulheres. Participam trabalhadores, empresários e entidades setoriais dos mais diversos segmentos da sociedade civil, como saúde, educação, agricultura, entre outros.
“O que todos queremos é emprego, renda e crescimento da economia. É preciso buscar de um lado eficiência econômica, de outro lado arcabouço fiscal e proteção social”, completou Alckmin.
Taxa de juros
Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), voltou a criticar o patamar da taxa básica de juros (Selic), mantida em 13,75% pelo Banco Central em reunião na quarta-feira (3).
“O setor produtivo está desesperado por crédito, não é possível ter uma taxa selic de 13,75%, maior juros do mundo, não tendo inflação de demanda. É evidente que isso é problema, é capital, é crédito, é fundamental”, disse Alckmin na plenária do colegiado, logo depois de o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ter avaliado a decisão do Copom como “preocupante”.
Ao longo de seu discurso, Alckmin elogiou o arcabouço fiscal apresentado pela equipe econômica. Para o vice-presidente e ministro, a proposta do governo é “bem elaborada”.
Alckmin reiterou ainda sua confiança no avanço da reforma tributária e no acordo comercial entre União Europeia e Mercosul. “Temos que começar o comércio exterior com os vizinhos, que é para onde vendemos industrializados”, afirmou o ministro, defendendo o ganho de valor agregado nos produtos brasileiros.
Histórico
Criado por lei em 2003, o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável teve uma exitosa experiência em seus mais de 15 anos de existência, até ser extinto em 2019 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. O novo Conselhão ganhou em seu nome o termo “Sustentável”, para chamar a atenção sobre a potencialidade ambiental do país no atual cenário de mudanças climáticas.
Com informações do Governo Federal e do Estadão