
A Comissão Europeia apresentou nesta quarta-feira (3), em Bruxelas, o texto final do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia. A medida é um avanço nas negociações entre os blocos, que se arrastam há mais de duas décadas. Se aprovado, o acordo permitirá ao Mercosul, formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, acesso ao mercado de 27 países europeus.
Nas redes sociais, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, destacou a importância do acordo. “Esse é um sinal claro para o mundo. Existe espaço para integração, comércio, investimento e oportunidades compartilhadas que geram emprego e renda. Juntas, nossas economias serão mais fortes.”
A partir de agora, o texto precisa ser aprovado pela União Europeia, o que exige votação no Parlamento Europeu e o apoio de, no mínimo, 15 dos 27 países membros, representando pelo menos 65% da população do bloco.
Segundo a agência Reuters, a Comissão Europeia e países defensores da proposta, como Alemanha e Espanha, enxergam o acordo como estratégico para compensar perdas comerciais causadas por tarifas dos EUA e reduzir a dependência da China, especialmente em setores como o de minerais essenciais. A França, maior produtora de carne bovina da União Europeia, segue como uma das principais opositoras ao pacto.
As tratativas entre os dois blocos começaram há cerca de 25 anos, e o atual texto apresentado consolida os entendimentos alcançados até dezembro de 2024, quando os líderes regionais finalizaram as negociações técnicas da parceria.
Juntos, Mercosul e União Europeia somam uma população de aproximadamente 718 milhões de pessoas e um PIB conjunto estimado em US$ 22 trilhões. A expectativa é que o acordo impulsione as exportações, promova investimentos bilaterais e fortaleça a posição geopolítica dos dois blocos no cenário internacional.






