Os números publicados na edição desta terça-feira (7), em um jornal local, que apontam o Amapá como o Estado com o maior índice de desemprego do Brasil, com base em informações referentes a 2010, coletados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não espelham a atual realidade vivida pelo Amapá, segundo expõe a Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Tesouro (Seplan).
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Amapá foi, proporcionalmente, o Estado que mais gerou empregos com carteira assinada em todo o Brasil em 2011. Neste contexto, os números do último censo comprovam uma mudança de cenário, com um aumento expressivo na geração de emprego desde 2010 até hoje.
A partir da gestão do governador Camilo Capiberibe, o cenário apresentado pelo último censo do IBGE mudou expressivamente. As contratações cresceram em ritmo acelerado, na ordem de 10,87%, posicionando o Amapá à frente de todos os demais estados da Federação, enquanto que em todo o Brasil, o crescimento foi de apenas 5,23%, no período de dezembro de 2010 a novembro de 2011. E os setores que mais empregaram no Amapá foram o da construção civil (7.885 contratações), serviços (11.026) e comércio (13.524), em função dos serviços temporários e contratações efetivas após as festas de fim do ano.
O Amapá fechou 2011 com saldo positivo de 7.256 empregos com carteira assinada, que corresponde a uma variação de 11,90% se comparado a 2010, segundo informações prestadas pelo Caged. Esse resultado coloca 2011 como o melhor ano na geração de empregos formais no Amapá na última década.
Em 2012, o Estado continua no topo da lista das unidades da Federação com o melhor saldo positivo proporcional na geração de emprego com carteira assinada. Com um aumento de 12,41% no estoque de assalariados formais nos últimos 12 meses, o Amapá começou o ano mantendo a mais alta taxa proporcional do país. Neste período, foram gerados 37.363 novos empregos, contra 29.738 desligamentos, o que representa um saldo positivo de 7.625 contratações.
PROAMAPÁ gera emprego e renda
Para o secretário de Estado do Planejamento, Orçamento e Tesouro, Juliano Del Castilo, a retomada de diversas obras pelo GEA tem impulsionado a construção civil. "A expectativa é de mais crescimento em 2012, em função das obras da BR-156, que geram em média 450 empregos diretos em cada um dos três trechos, segundo as empresas executoras. Este ano, também teremos o investimento privado nas obras das hidrelétricas (Ferreira Gomes e Santo Antônio do Jari), que alcançará seu pico de contratações nos próximos meses", avalia.
Segundo dados do Caged, só em novembro do ano passado, o Estado gerou mais de 300 novos postos de trabalho. Del Castilo ressalta que a verticalização de Macapá e as diversas obras que vêm sendo realizadas pelo governo do Estado, por meio do PROAMAPÁ, vêm contribuindo para o crescimento de contratações formais. "Exemplo disso é o que demonstra o relatório do Ministério das Cidades, que aponta que o Amapá passou do último para o quarto lugar dos estados que avançaram com as obras do PAC. Isso mostra, claramente, que tem havido crescimento no setor da construção civil e, como consequência, aumento na geração de empregos", afirma.
Em 2011, o GEA promoveu pelo PROAMAPÁ a conclusão de várias obras em diversos municípios do Estado. Em Macapá, por exemplo, foram finalizadas as obras da rodovia Tancredo Neves, do sistema isolado de Abastecimento de Água do Congós e a primeira etapa da Cidade do Samba. Em Santana e Oiapoque, os trabalhos de conclusão das obras da Escola Estadual Afonso Arinos e da reforma da Companhia Independente dos Bombeiros alavancaram a criação de postos de trabalho nestes municípios.