O governador do Ampá, Camilo Capiberibe (PSB) participou nesta terça-feira (23) de audiência com o diretor-presidente da Eletrobrás/Eletronorte Antônio Maria Barra. Eles trataram de convênios que serão firmados entre o Governo do Estado do Amapá e a Eletronorte para a conclusão do projeto Luz para Todos, no Amapá. CEA e Eletronorte vão sistematizar as pendências e determinar um cronograma para saná-las e para executar as obras, que já estão dividas em lotes. Devido à insolvência do Amapá até 2010, o estado é o único do país onde o Luz para Todos é executado pelo Governo Federal.
Estavam presentes na reunião, a deputada federal Janete Capiberibe (PSB/AP), o senador João Capiberibe (PSB/AP), o diretor da Companhia de Eletricidade do Amapá – CEA – José Ramalho e a Bancada Federal do Amapá.
“A eletrificação é importante para o desenvolvimento e para as pessoas terem uma vida melhor. Acredito que até a presidenta Dilma vai ficar feliz em saber que esses agricultores vão ter sua geladeirinha, seu ventiladorzinho”, afirmou a deputada Janete Capiberibe. A socialista também levou a preocupação dos produtores em assentamentos rurais, insatisfeitos com a demora na chegada da energia firme por alegadas deficiências da Eletronorte. “É justo o que eles nos cobram”, reconheceu.
Serão 19 mil famílias incluídas no Programa que foi retomado em 2011, após o aporte de recursos do Governo do Amapá. A implantação da energia firme por meio do programa vai permitir que sejam desativados cerca de 200 sistemas isolados onde a energia é fornecida por meio de geradores à óleo diesel, cujo custo é maior, e nem sempre durante as 24 horas do dia.
Na reunião, também foi tratada da implantação de linhas de transmissão e sistemas de rebaixamento e proteção do sistema para que o Amapá faça parte do Sistema Integrado Nacional. O senador João Capiberibe (PSB/AP) lembrou que, em 2003, o Amapá era o estado com maior índice de eletrificação da Amazônia. “Alcançamos a posição com investimento de recursos do Governo do Estado, durante oito anos. Hoje, há recursos federais disponíveis – R$ 152 milhões – e passamos para a última posição”, protestou o senador.