O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou que vai garantir os repasses de verbas cortadas pelo governo de São Paulo à ONG Casa Hope, entidade que cuida de crianças com câncer na capital paulista. A decisão atende a um pedido do ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), para assegurar a continuidade do projeto que corria o risco de ser interrompido por falta de recursos.
A Secretaria da Saúde da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) suspendeu o repasse de R$ 1,4 milhão mensal à entidade que cuida desde 2007 de 150 crianças que passam por tratamento. Segundo a direção da Casa Hope, a suspensão pela gestão Tarcísio foi comunicada por meio de uma carta sem aviso prévio à entidade.
Em vídeo postado nas redes sociais, Padilha disse que foi alertado pelo colega de Esplanada sobre o rompimento do apoio à instituição e afirmou que o ministério da Saúde tem “todas as condições e está de portas abertas para que a gente possa manter, financiar o trabalho que hoje é feito”.
Em resposta, França agradeceu pela ajuda e criticou a postura do governador paulista. “E a gente quer cobrar que o governo de São Paulo não se aproveite disso para tirar o restante do convênio. De repente, eles ajudam também, a gente faz em conjunto e eles atendem mais crianças ainda ou fazem outros serviços melhores, porque assim, o importante é que eles tivessem tranquilidade de continuar o serviço”, disse.
Antes da oferta de ajuda do ministério, a Casa Hope, instituição que há 30 anos oferece apoio a famílias de crianças e adolescentes em tratamento contra o câncer, anunciou o risco de fechar as portas após o governo de São Paulo suspender o convênio que mantinha com a ONG desde 2007.
Na prática, cerca de 150 famílias de baixa renda de todo o Brasil podem ser afetadas, já que a entidade atende 300 famílias por ano. Com o corte, o número de atendimentos deve cair pela metade. A suspensão foi feita por meio de carta e sem aviso prévio.
Uma reunião entre representantes do governo estadual e da Casa Hope está marcada para a próxima semana.
Com informações de G1 e O Globo