O secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Rodrigo Rollemberg, celebrou a aprovação do Plano Nacional de Economia Circular, iniciativa que marca a transição do atual modelo de produção linear, baseado na extração, uso e descarte, para um modelo circular, que prioriza o reaproveitamento de materiais, a redução de resíduos e o uso mais eficiente dos recursos naturais.
O projeto, que representa um marco na construção de uma nova política ambiental e industrial para o país, passou por um amplo processo de consulta pública e recebeu mais de 1,5 mil sugestões da sociedade civil, do setor produtivo e de especialistas da área.
“A aprovação desse plano representa um momento histórico para nossa economia”, afirmou Rollemberg. “Demos um passo fundamental na transição da economia linear, onde os produtos são consumidos e descartados no meio ambiente, para uma economia circular, que garante o reaproveitamento desses itens e possibilita a regeneração da natureza”, explicou.
“Fiquei impressionado com a participação obtida na consulta pública. Não é trivial a gente ter tanto interesse num tema novo e que eu considerava áspero para o conjunto da sociedade”, observou Rollemberg.
O Plano Nacional de Economia Circular estabelece 18 objetivos e mais de 70 ações a serem implementadas ao longo da próxima década. A iniciativa está inserida na Nova Indústria Brasil (NIB), política industrial do governo federal, e também compõe um dos eixos centrais do Plano de Transformação Ecológica, coordenado pelo Ministério da Fazenda, e do Plano Clima, sob responsabilidade do MMA.
O plano foi elaborado pelo Fórum Nacional de Economia Circular (Fnec), formado por 14 assentos de ministérios e órgãos de governo e outros 14 compostos por indústria e sociedade civil, liderados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic).
“O plano será o principal instrumento de implementação da Política Nacional de Economia Circular. Ele vai se articular com outras agendas estratégicas do governo, como o Plano Nacional de Bioeconomia, a Estratégia Nacional de Descarbonização da Indústria, o Plano Clima e o plano de mitigação climática. É um instrumento de grande valia”, afirmou o secretário da Economia Verde, Rodrigo Rollemberg.
Ao contrário do modelo linear tradicional — baseado em extrair, produzir e descartar —, a economia circular propõe uma lógica que busca eliminar a geração de resíduos e poluição desde a origem, prolongar o ciclo de vida dos produtos e materiais e regenerar os ecossistemas naturais.
Mais do que uma abordagem ambiental, trata-se de um novo modelo de produção e consumo que estimula inovação tecnológica, crescimento econômico sustentável e redução das emissões de carbono.