A bancada do PSB na Câmara apresentou, no primeiro semestre de 2016, 100 projetos de lei. Ao todo, os 513 deputados protocolaram 1.650 propostas legislativas de janeiro a junho deste ano. Além disso, o PSB teve uma atuação decisiva em dois dos maiores fatos políticos do primeiro semestre: a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e a abertura do processo de cassação do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Segundo o líder do PSB na Casa, o deputado Paulo Foletto (ES), o número de projetos protocolados representa uma atuação consistente de toda a bancada federal socialista em 2016. “Essa é uma produtividade interessante sem dúvida alguma e mostra a força dos nossos parlamentares”, ressaltou o líder.
Na votação sobre a admissibilidade do impeachment, dos 32 parlamentares da sigla, 29 votaram a favor do afastamento temporário da petista. No conselho de ética, os dois parlamentares da sigla que fizeram parte da investigação, Júlio Delgado (MG) e Bebeto Galvão (BA), atuaram de forma decisiva, combatendo manobras protelatórias do colegiado que pudessem favorecer o deputado fluminense. “Tivemos um trabalho importante no conselho de ética para que o processo seguisse da melhor maneira, sem qualquer tipo de entrave regimental”, destacou o Foletto.
Foletto destaca que, no segundo semestre, o PSB será um importante aliado do governo na Câmara para aprovar medidas que permitam a retomada do crescimento econômico brasileiro. A prioridade é a apreciação de matérias como a retirada da obrigatoriedade da Petrobras ser a única operadora dos blocos do pré-sal e o PL sobre a renegociação das dívidas dos estados. “Não podemos deixar o STF, novamente, decidir sobre essa questão”, afirma Foletto, em referência a uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) que tramita na Corte sobre a renegociação de dívidas dos estados.
Na terça-feira última (19), Foletto esteve com o novo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cuja eleição foi apoiada pelo PSB. Durante o encontro, ele solicitou que a gestão do democrata seja mais aberta ao diálogo partidário. “O PSB pediu ao presidente que trabalhe intensamente e ouça os partidos que o ajudaram para dar uma nova roupagem para a Câmara”, relatou Foletto, argumentando que a Câmara precisa voltar a ser vista como a “Casa do Povo”, algo perdido durante a administração Eduardo Cunha.