
Foto: Chico Ferreira/Liderança do PSB na Câmara
O Brasil é um dos países com maior desigualdade social no mundo. Enquanto na média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a tributação sobre a renda do capital e da riqueza é de 67%, no Brasil é de apenas 28%, na contramão do restante do mundo. Para conscientizar e mobilizar a sociedade brasileira para mudar essa realidade, o Conselho Federal de Economia e mais 25 entidades organizaram a Campanha pela Redução da Desigualdade Social no Brasil.
O lançamento da Campanha aconteceu nesta quinta-feira (11), no Auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados. O presidente da Fundação João Mangabeira, Renato Casagrande, esteve presente no evento como representante do Partido Socialista Brasileiro (PSB), que há 70 anos se alinha à população vulnerável e pobre do país na busca por maiores conquistas e mais qualidade de vida.
Segundo Casagrande, a campanha agrega entidades e lideranças que se movimentam, trabalham e resistem a um processo histórico que se verifica no Brasil, de concentração de renda e riqueza nas mãos de poucos brasileiros, enquanto muitos sofrem com a pobreza e a desigualdade.
Preocupado com a situação econômica e social no Brasil, Casagrande citou a reforma da Previdência Social que está em discussão no Congresso Nacional. “O PSB não se posiciona contra reformas, até porque não queremos ser uma força conservadora, mas o Governo quer aprovar uma proposta que prejudica os mais pobres, preserva privilégios de pessoas ricas que desfrutam de isenção tributária, que hoje concentram riqueza e podem pagar por aposentadoria privada. A proposta ataca frontalmente as pessoas que recebem pouco ou que não recebem nada”, afirmou.
Para ele, a situação do País pede que entidades se alinhem e lutem contra a desigualdade social, além de trabalharem pela criação de um instrumento para redistribuição de renda.
Como proposta para redução das desigualdades no Brasil, a campanha aponta para cinco eixos: mudar o modelo tributário, preservar e ampliar os direitos sociais, preservar e ampliar políticas públicas de valorização do trabalho e de educação, reforçar a função social do Estado e ampliar a democracia e a participação social.
Mariana Fernandes/Assessoria de Comunicação da Bancada do PSB na Câmara