
Siqueira: “Neste momento precisamos da unidade e da solidariedade recíproca entre todos aqueles que não aceitam o retrocesso que vive o país. Foto: Humberto Pradera
O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, defendeu a formação de uma frente ampla para derrotar as forças conservadoras nas urnas em 2018 e frear o avanço da atual pauta de retirada de direitos sociais no país.
No ato político do 14º Congresso Nacional do PC do B, na noite deste sábado (18), em Brasília, Siqueira destacou, no entanto, a legitimidade dos partidos progressistas de lançarem candidaturas próprias e, no segundo turno, se necessário, se unirem contra um eventual projeto conservador.
“É importante que, em uma eleição de dois turnos, cada partido apresente a sua candidatura, defenda uma pauta progressista, e no segundo turno estejamos unidos para vivermos dias diferentes e de progresso”, defendeu.
O evento contou com a presença da presidente nacional do PC do B, a deputada federal Luciana Santos (PE), a deputada federal Jandira Feghali (RJ), que conduziu o ato, e a pré-candidata a presidência da República pelo partido, deputada estadual Manuela D’Ávila (RS).
Também participaram parlamentares e representantes dos movimentos sociais, além de dirigentes de outras siglas de esquerda nacionais e internacionais.
“Neste momento precisamos da unidade e da solidariedade recíproca entre todos aqueles que não aceitam o retrocesso que vive o país. Precisamos revigorar e unir as nossas forças para que possamos dar uma resposta em 2018 a tudo isso que está acontecendo no Brasil”, disse o presidente do PSB.
Siqueira saudou a candidatura de Manuela D’Ávila à presidência da República e ressaltou a trajetória dos partidos comunista e socialista que, historicamente, lutaram juntos pela democracia e pela conquista dos direitos sociais.
“Somos dois partidos que temos uma longa história na vida republicana nacional, dois partidos que permanentemente andaram juntos. Somos dois partidos que, historicamente, lutaram pela democracia que nós desfrutamos nos últimos 30 anos, e que agora, infelizmente, sofre muitas restrições”, disse.

A presidente nacional do PC do B, a deputada federal Luciana Santos (PE) discursou no ato que reuniu lideranças de esquerda nacionais e internacionais. Foto: Humberto Pradera
O PSB e o PC do B são dois partidos que “resistem e que não precisam mudar de nome”, como outros o fizeram “para esquecerem a história, a feia história que representaram na vida republicana”, afirmou o socialista.
Siqueira fez duras críticas ao governo do presidente Michel Temer, que classificou como “o pior governo dos últimos 50 anos”, e convocou a esquerda para se opor às “políticas regressivas” da gestão peemedebista.
“Esse governo impôs uma coisa aos trabalhadores que nem sequer os militares conseguiram fazer. E sequer conseguiram propor, que foi a revogação da legislação trabalhista varguista de 1947.”
“É gente que nega os direitos sociais, que promove o retrocesso e que tenta vender, e já conseguiu alguma coisa, um patrimônio que foi construído ao longo do tempo pela luta do nosso povo, dos nossos partidos, de todos os homens e mulheres que lutam pelo progresso do país”, criticou Siqueira.
O presidente socialista disse que os segmentos sociais organizados dentro dos partidos de esquerda são “indispensáveis” para se fazer as mudanças estruturais de que o país necessita. Para ele, as forças progressistas precisam ser o núcleo político de um futuro governo.
Ele destacou ainda que todas as conquistas sociais no mundo e no país foram resultado de luta dessas forças. “Não é possível fazer mudanças estruturais sem as forças das ruas e do povo organizado. Todos os avanços que aconteceram no país e no mundo tem a militância da esquerda”, disse.
“Este é o verdadeiro núcleo político do Brasil que precisa ser o núcleo político de um futuro governo para que possamos, de fato, junto com os movimentos sociais, realizar as mudanças estruturais que o país tanto necessita”, defendeu.
Assessoria de Comunicação/PSB Nacional