O ex-deputado federal e ex-embaixador em Cuba Tilden Santiago morreu nesta quarta-feira (2), aos 81 anos, vítima de Covid. Ele foi filiado ao PSB entre 2008 e 2019.
Em nota, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, lamentou a morte do político. “Espero que todos nós, seus amigos no âmbito político, assim como a família e os que lhe são mais próximos, encontremos as forças necessárias para superar esta grande perda, convictos de que Tilden privou da grande felicidade de se perfilar, sempre, ao lado daqueles que precisavam dos construtores da utopia de um novo mundo, mais justo, igualitário e fraterno”.
Mineiro de Nova Era, Tilden Santiago exerceu o cargo de deputado federal por Minas em três oportunidades na Câmara dos Deputados. O político foi padre, operário, jornalista e professor.
Ocupou o cargo de embaixador brasileiro em Cuba entre 2003 e 2006.
Formado em Filosofia e Jornalismo, foi um dos fundadores da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Partido dos Trabalhadores (PT), no qual foi filiado entre 1980 e 2007.
Trabalhou no governo Itamar Franco como secretário do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Na Câmara federal, foi um dos autores da lei que inseriu no Código Civil a guarda compartilhada dos filhos de pais divorciados.
Trajetória política
Na década de 1960, viveu um ano em um kibutz de Israel, trabalhando como serralheiro. Foi nessa época que descobriu a política.
De volta ao Brasil, em plena ditadura militar, militou na AP (Ação Popular) e na ALN (Aliança Libertadora Nacional), liderada por Carlos Mariguella. Foi o portador da carta que o líder revolucionário escreveu a Dom Hélder Câmara, arcebispo emérito de Olinda e Recife.
Depois das organizações clandestinas, Tilden filiou-se ao PC do B, foi preso político e trabalhou como jornalista após deixar o cárcere.
Formado em filosofia pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), teve carreira como professor universitário e fundou o Jornal dos Bairros, marco da imprensa popular em Belo Horizonte.
Ainda na década de 1970, filiou-se ao MDB para reforçar a oposição do partido à ditadura militar. No início da década seguinte, participou da fundação do PT e foi presidente do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais.
Foi assessor para assuntos ambientais da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) durante o governo de Aércio Neves, em Minas Gerais.
Com informações do Estado de Minas e da Folha de S. Paulo