O prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), acaba de receber o certificado de “Promotor” da campanha “Cidades Resilientes”. O título é concedido pela Organização das Nações Unidas (ONU), gestora do programa “Construindo Cidades Resilientes: Minha Cidade Está Se Preparando”, que integra a campanha “Estratégia Internacional para a Redução de Desastres”.
São consideradas resilientes as cidades que têm capacidade de resistir, absorver e se recuperar de forma eficiente dos efeitos de desastres e, de maneira organizada, prevenir a perda de vidas e bens. A campanha tem por objetivo criar uma consciência global dos benefícios da redução de riscos de desastres e capacitar pessoas para reduzirem sua vulnerabilidade às ameaças e ajuda as cidades a desenvolver indicadores e medidas de desempenho para acompanhamento de seus processos.
“Essa nomeação é a materialização do trabalho da Prefeitura de Campinas, por meio de vários órgãos e também da própria equipe da Defesa Civil. Além disso, é um reconhecimento ao fato de nossa cidade ter auxiliado a entrada de outros 50 municípios neste mesmo programa da ONU. Todos adotaram o modelo de Campinas”, elogiou o diretor da Defesa Civil, Sidnei Furtado Furtado, ao entregar o certificado a Donizette, em solenidade na sexta-feira (06).
O Brasil é o País da América Latina com mais cidades consideradas resilientes, tendo 69 no total. Campinas é a única com certificação de Cidade Modelo pela ONU, status obtido por apenas 40 cidades no mundo.
“Para Campinas, é muito importante ser o primeiro município do Brasil como modelo oficial em resiliência. Isso é resultado de um trabalho feito em conjunto por todos os órgãos da Administração Pública, que trabalham na busca do planejamento e da prevenção de catástrofes naturais e tragédias, resguardando, assim, a vida humana. Campinas foi a única cidade com mais de um milhão de habitantes que passou por tempestades e inundações sem perder vidas humanas. E, agora, está replicando para outros municípios da região e do país o modelo de resiliência”, celebrou o prefeito Jonas Donizette.
Medidas
Neste ano, a Defesa Civil tomou outras duas grandes medidas para confirmar ainda mais seus status de cidade modelo em resiliência. Foi realizado um novo levantamento de suas áreas de risco, cujo resultado mostrou redução de 60%. Antes, eram 75 áreas. Em 2013, são apenas 30 (agrupadas em 18 setores para facilitar o monitoramento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais – Cemaden). Em 2009, 7,5 mil residências de campineiros ficavam em áreas de risco. Este número caiu para 2.668 (redução de 64,4%). Os principais tipos de risco constatados são referentes à inundações, enchentes rápidas, solapamento, assoreamento, voçorocas e deslizamentos.
Além disso, Campinas aderiu ao “cartão de pagamento da Defesa Civil”: exigência do Governo Federal, o órgão passa a receber transferência de recursos em caso de a Prefeitura decretar situações de emergência e calamidade pública. É a primeira cidade da região a se registrar no programa. E, fora estas novas ações, no intuito de evitar desastres ao máximo, a Defesa Civil realiza, durante todo o ano, as operações “Verão” e “Estiagem”, que visam conscientizar a população sobre causas e consequências destas duas épocas para o meio ambiente, para a saúde e para a segurança na cidade.