
Josué de Castro é reconhecido mundialmente por sua luta contra à fome.
A Comissão de Cultura aprovou o Projeto de Lei (PL) 6577/16, de autoria do deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE), que inscreve o político Josué de Castro no Livro dos Heróis da Pátria. A proposta foi relatada pelo deputado Tadeu Alencar (PSB-PE) e segue agora para apreciação na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados.
Nascido no dia 5 de setembro de 1908, em Recife, Josué de Castro foi um influente médico de formação, geógrafo, cientista social, político, escritor e ativista brasileiro no combate à fome, tema pelo qual se destacou internacionalmente.
Josué de Castro foi presidente do Conselho Executivo da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e embaixador do Brasil na ONU. Recebeu o Prêmio Internacional da Paz, do Conselho Mundial da Paz, e a condecoração do governo da França de Oficial da Legião de Honra. O pernambucano foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz em quatro edições – 1953, 1963, 1964 e 1965.
Patriota ressaltou a contribuição de Castro: “Esse homem notável, além de ser reconhecido mundialmente por sua devoção ao combate à fome, ocupou por dois mandatos consecutivos uma cadeira de deputado federal e assumiu inúmeros outros cargos políticos”, lembrou.
Por meio de sua experiência pessoal no Nordeste brasileiro, o pernambucano publicou uma extensa obra sobre essa problemática. Entre suas publicações de destaque estão a “Geografia da fome” e a “Geopolítica da fome”, que apontam que este não é um problema natural, mas fruto das ações e das escolhas dos homens sobre a economia de seus países.
Formado em medicina pela Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 1929, Josué de Castro se especializou em nutrição e abriu a própria clínica em Recife. Na mesma época, contratado por uma fábrica para examinar trabalhadores com problemas de saúde indefinidos, e acusados de indolência, diagnosticou: “sei o que meus clientes têm. Mas não posso curá-los porque sou médico e não diretor daqui. A doença dessa gente é fome”. Logo foi demitido da fábrica. Vislumbrou então a dimensão social da doença e afirmava que isso era fruto de uma sociedade injusta.
Assessoria de Comunicação/PSB Nacional com informações da Liderança do PSB na Câmara dos Deputados