A menos de um mês da abertura da Copa das Confederações e a um ano da Copa do Mundo, o setor aeroportuário do Brasil ainda preocupa. No intuito de buscar melhorias para atender o público e superar expectativas de um bom legado, a Câmara sediou, nesta quarta-feira (22), o Seminário Os Desafios da Aviação Civil no Brasil. A reunião foi promovida pelas comissões de Turismo e Desporto (CTD); de Fiscalização Financeira e Controle; de Viação e Transportes (CVT); e de Integração Nacional, de Desenvolvimento Regional e da Amazônia.
Independentemente dessas competições e dos resultados em favor das comunidades, o presidente da CTD, deputado federal Romário (PSB-RJ) destacou que essas comissões têm a obrigação de trazer ao debate temas polêmicos. “Uma deles é a crise da nossa aviação civil, que resulta em sistemáticos cancelamentos de voos, elevados preços das passagens, atrasos nas partidas, superlotação nos aeroportos, extravio de bagagens, etc”, disse o parlamentar que compôs a mesa de abertura.
Na parte da tarde, o deputado federal José Stédile (PSB-RS), integrante da CVT, presidiu o painel “Obras e Investimentos”. Para o socialista, o Brasil está em um momento de desafios e precisa buscar as soluções de forma integral. “Nós temos a preocupação com a Copa, mas também nos importamos com a estrutura como um todo e como o país continuará após essa fase”, explicou.
Atraso nas obras
A baixa qualidade dos projetos de engenharia para a reforma de aeroportos brasileiros é o principal entrave nas obras de ampliação. É o que afirma o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Moreira Franco. “Para a execução dessas obras, precisamos ter projetos, mas projetos de empresas não foram aceitos e tiveram que ser refeitos”, destacou.
Além das obras do PAC 2 em 23 aeroportos, o ministro explicou que outra iniciativa do governo para reverter a degradação da infraestrutura aeroportuária brasileira é a concessão de alguns aeroportos, permitindo a participação de investimentos privados. Porém, Moreira Franco afirmou que o maior desafio do setor não é o fluxo de passageiros advindos dos grandes eventos esportivos, mas o dia a dia. “Tivemos crescimento econômico e grande mobilidade social nos últimos dez anos, fazendo com que milhões de brasileiros tivessem acesso à aviação”, finalizou.