Em celebração aos 15 anos de criação da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, foram homenageadas personalidades que ajudaram a construir a história da competição, nesta segunda-feira (7), em Salvador. e premiar os vencedores da 15ª edição. Devido à pandemia, os 579 alunos medalhistas de ouro de 2019 só puderam receber suas premiações nesta segunda-feira (7), em evento em Salvador, na Bahia.
O prefeito do Recife, João Campos (PSB), recebeu uma homenagem em nome de seu pai, Eduardo Campos, que criou a OBMEP em 2005, quando era ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações.
“Eduardo Campos dizia que ia fazer a maior Olimpíada de Matemática do mundo. E ele fez: acreditou na ideia que veio do Impa [Instituto de Matemática Pura e Aplicada], pelas mãos do professor César Camacho, e foi o responsável por transformar o sonho em realidade, quando era ministro de Ciência e Tecnologia do governo de Lula, em 2005”, declarou.
“Cada escola que tem um aluno participando, cada aluno que é reconhecido pelo seu empenho, sua dedicação no estudo, no desempenho, na matemática, com certeza, pode fazer a diferença na vida de muita gente. Alegria grande de receber essa homenagem e onde meu pai estiver está muito feliz de ver a OBMEP, 17 anos depois da sua criação, embalando milhões de jovens brasileiros por um mundo melhor”, afirmou o socialista.
A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), medalhista de ouro na primeira e na segunda edição, também foi uma das homenageadas.
“Eu tive a minha vida transformada por uma política pública: a OBMEP. Hoje, 17 anos depois da minha primeira participação na olimpíada, tive a honra de ser uma das homenageadas na Cerimônia Nacional de Premiação. Fiquei muito emocionada ao ver estudantes tão engajados e talentosos. Me lembrei de quando estava no lugar deles e só tenho a agradecer por todas as oportunidades que essas medalhas me deram! É preciso investir e valorizar a ciência. Esse é um investimento pro nosso futuro!”, destacou.
“Quando fui receber minha segunda medalha, lá em Recife, Eduardo Campos falou duas coisas que são muito atuais: uma é da importância desse Brasil que valoriza e investe na Ciência; e a segunda, é que os alunos medalhistas deveriam lutar pela escola pública porque a partir daquele momento nós também éramos responsáveis por ela”, disse a parlamentar.
Todos os “estudantes de ouro” da OBMEP são convidados para participar do Programa de Iniciação Científica Jr. (PIC), que oferece aulas avançadas de matemática e uma bolsa de R$ 100 do CNPq. A partir do ano que vem, a Olimpíada de Matemática contará ainda com a bolsa Tech Behring, destinada a ex-medalhistas admitidos em universidades na área de tecnologia. Ao todo, serão 25 bolsas de R$ 900 oferecidas pela Fundação Behring.
Além da distribuição das medalhas, a 15ª OBMEP consagrou dez “multimedalhistas” — alunos que foram destaque em quatro ou cinco edições da prova — e três meninas com as maiores notas em 2019, com o troféu Meninas Olímpicas. O intuito é ressaltar o desempenho feminino e incentivar cada vez mais a participação de mulheres na matemática e na ciência como um todo.
Na 15ª edição, participaram mais de 18 milhões de alunos, de 99,71% dos municípios brasileiros. Ainda foram distribuídas 1.746 medalhas de prata, 5.183 medalhas de bronze e 48.163 menções honrosas.
A Olimpíada de Matemática já premiou mais de 680 mil estudantes dos Ensinos Fundamental e Médio de todo o Brasil. Realizada todos os anos, desde 2005, a maior competição científica do país é aplicada majoritariamente por escolas públicas, mas também conta com a participação de colégios privados. A OBMEP é conhecida por suas questões desafiadoras, mas que estimulam o raciocínio lógico.