A maior parcela das manobras fiscais conhecidas como pedaladas fiscais foi destinada ao subsídio de grandes empresas e a empresários do agronegócio, segundo dados levantados pela ONG Contas Abertas. O dado contrapõe a estratégia do governo em dizer que as pedaladas serviram para preservar programas sociais importantes, como o Bolsa Família.
Relatório do Tribunal de Constas da União (TCU) aponta que R$ 12,16 bilhões das pedaladas foram referentes ao montante de equalização da taxa de juros devida pela União ao Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) no âmbito do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), criado para estimular a produção, aquisição e exportação de bens de capital e inovação.
O Banco do Brasil e o BNDES somaram omissões de passivos da União de R$ 21,9 bilhões, o que representa 54,4% do total de R$ 40 bilhões das pedaladas fiscais.