
Foto: Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte
A deputada estadual Larissa Rosado (PSB-RN) fez um alerta sobre o aumento de casos de feminicídio e de estupro coletivo no país e cobrou medidas “concretas e permanentes” de combate à violência contra a mulher.
Ela falou sobre o assunto durante discurso na tribuna da assembleia legislativa do Rio Grande do Norte.
“É urgente e necessária a intervenção do Estado por meio da adoção de medidas estratégicas concretas e permanentes como campanhas de incentivo à denúncia por parte das agredidas e a abertura das delegacias da mulher nos finais de semana e feriados, com funcionamento 24h”, declarou.
Segundo dados de ministérios públicos estaduais, o Brasil registrou ao menos oito casos de feminicídio por dia entre março de 2016 e março de 2017. No total, foram 2.925 casos no país, um aumento de 8,8% em relação ao ano anterior.
Larissa cobrou melhorias no trabalho da polícia para maior agilidade na elucidação de casos e destacou a necessidade de equipes multidisciplinares nas delegacias especializadas do país, com profissionais preparados para atender as vítimas.
De acordo com levantamento do Ministério da Saúde, os casos de estupro coletivo também aumentaram no país.
No ano passado, a cada duas horas e meia uma mulher sofreu estupro coletivo em algum lugar do país. No total, foram 3.526 casos, uma alta de 12,5% em relação aos 3.132 registrados em 2015.
A socialista chamou a atenção para a subnotificação de casos. “Há um histórico de subnotificação para este tipo de crime. Muitas mulheres estupradas não chegam a prestar queixa nas delegacias, por medo da morte, da repetição da violência, sensação de vergonha e humilhação e pior, sentimento de culpa”, disse.
O Rio Grande do Norte está entre os estados que apresentaram maior aumento do índice de violência contra a mulher. Em cinco anos, os estupros coletivos aumentaram em 400%, enquanto a média nacional foi de 125%, apontou a deputada.
Larissa criticou o fato de no Rio Grande do Norte haver poucas delegacias da mulher para atender toda a região.
“Atualmente, o Estado só dispõe de cinco delegacias da mulher, que funcionam apenas no horário comercial, de segunda a sexta, e ficam fechadas nos sábados, domingos e feriados, quando acredita-se, há um aumento no número de violência”, criticou.
Assessoria de Comunicação/PSB Nacional