Em discurso na quarta-feira (4), o deputado federal Paulo Foletto (PSB-ES) lembrou no Plenário da Câmara há seis meses a Bacia do Rio Doce era devastada pelo desastre na cidade de Mariana (MG). O parlamentar criticou no discurso um acordo de R$ 20 bilhões feito pelos governos do Espírito Santo, Minas Gerais e União com as empreiteiras BHP Billiton, Vale do Rio Doce e Samarco para reparação dos danos.
Na terça-feira (3), o Ministério Público Federal (MPF) em Minas Gerais entrou com ação civil pública na qual pede R$ 155 bilhões, oito vezes o valor previsto no acordo. O MPF considerou que o acordo não contempla os efeitos e o tamanho da tragédia. “Registro a honradez do MPF que se posicionou duramente contrário a este acordo absurdo que as empresas acharam que conseguiriam”, disse Foletto.
O socialista se comprometeu ainda a continuar na luta para que os reparos sejam feitos tanto na cidade de Mariana, maior afetada, como em todas as outras regiões atingidas pelo desastre. “A Câmara inclusive tem uma Comissão especial que trata do assunto e vamos lutar para que justiça seja feita diante desse acidente ambiental criminoso”.
Desastre
No dia 5 de duas barragens de rejeitos da mineradora Samarco se romperam, gerando uma enxurrada de lama que deixou vários desabrigados e chega a 15 o número de mortos. Os rejeitos também atingiram dezenas de cidades na Região Leste de Minas Gerais e no Espírito Santo.
Assessoria de Comunicação/Liderança do PSB na Câmara