
Fila de desempregados em busca de uma oportunidade no mercado de trabalho. Foto: UGT
A taxa de desemprego nos três primeiros meses do governo de Jair Bolsonaro subiu 12,7%, atingindo 13,4 milhões de pessoas, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta terça-feira (30).
Segundo o IBGE, esse aumento no primeiro trimestre deste ano se deve à entrada de 1,2 milhão de brasileiros na população desocupada, em comparação com o trimestre encerrado em dezembro.
As parcelas da população desempregada e subutilizada também atingiram o número recorde de 28,3 milhões, com alta de 5,6% (1,5 milhão de pessoas) em relação ao trimestre anterior.
Neste 1º de maio, o agravamento da crise vai mobilizar as centrais sindicais brasileiras que, de forma histórica, farão manifestações conjuntas em todo o país contra a precarização do mercado de trabalho e a proposta de Reforma da Previdência.
Ocupação – No início deste ano, a população ocupada no país somou 91,9 milhões de pessoas, queda de 0,9% (menos 873 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior.
O número de empregados com carteira assinada caiu 0,1% na comparação com o trimestre encerrado em dezembro, reunindo 32,9 milhões de pessoas. Já o número de empregados sem carteira assinada (11,1 milhões) caiu – 3,2% em relação ao trimestre anterior (menos 365 mil pessoas).
Mais do que revelar um retrato do início do atual governo, os dados refletem uma tendência drástica de revogação de direitos que vem desde a gestão do ex-presidente Michel Temer, com a aprovação da Reforma Trabalhista, promulgada em novembro de 2017.
À época, a versão oficial do governo era de que a legislação seria “atualizada”, o que “geraria mais de dois milhões de empregos formais”. Contudo, a reforma trabalhista alterou mais de 100 pontos da Consolidação das Leis trabalhistas (CLT), comprometendo direitos e precarizando as ofertas de trabalho.
Para o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, o que está em curso é o mais duro ataque aos direitos dos trabalhadores, instituídos no Estado Novo, e ao modelo de assistência, saúde e previdência criado na Constituição de 1988.
“O PSB não colocou nem nunca colocará suas digitais em reformas que reduzam direitos dos mais pobres”, afirma Siqueira.
No governo Temer, o PSB fechou questão contra a reforma trabalhista, com base numa resolução aprovada, por unanimidade, durante o XIII Congresso Nacional Ordinário do partido, em 2014.
Em reunião do Diretório Nacional do partido, na última quinta-feira (25), os socialistas também fecharam questão contra a proposta de Reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro.
Assessoria de Comunicação/PSB Nacional com informações do G1 e do Estadão