
Para Keiko Ota, países como o Japão e a Colômbia superaram as dificuldades impostas por guerras e conflitos armados porque “souberam perdoar”. Foto: Luis Macedo/Agência Câmara
O Dia Nacional do Perdão foi celebrado nesta quarta-feira (30) em uma sessão solene que reuniu parlamentares, estudantes, representantes do poder público e de organizações nacionais e internacionais no plenário da Câmara dos Deputados.
“Espero que a cada ano mais pessoas tomem consciência da lei que instituiu o Dia Nacional do Perdão, pois muitos dos crimes cometidos são causados por ódio e vingança. Espero que, ao invés de puxarem o gatilho de uma arma, ou de cometerem um ato impensado, as pessoas possam ser tocadas pelo sentimento do perdão”, afirmou a deputada federal Keiko Ota (PSB-SP).
A data passou a integrar o calendário nacional com aprovação e sanção de um projeto de lei proposto pela socialista . O objetivo é chamar atenção da sociedade sobre a necessidade do combate à violência e da promoção da cultura da paz.
Estiveram presentes na solenidade a secretária especial de Política para Mulheres, Fátima Pelaes, a primeira-dama e colaboradora do Governo do Distrito Federal, Márcia Rollemberg e o vereador Masataka Ota (PSB-SP).
Também participaram a oficial de Programas de Educação da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), Mariana Braga, o cartunista e membro da Academia Brasileira de Letras, Mauricio de Souza, e a embaixadora da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, Maria Paula Fidalgo.
A orquestra sinfônica formada por crianças e adolescentes do Serviço Social da Indústria do Distrito Federal (Sesi/DF) e do Centro de Ensino Fundamental 11 do Gama executou o hino nacional e interpretou Imagine, de John Lennon, música que se tornou hino da paz mundial.
Para Keiko Ota, países como o Japão e a Colômbia superaram as dificuldades impostas por guerras e conflitos armados porque “souberam perdoar”. “Estive no Japão e percebi que o país somente se reergueu quando liberou o perdão, então, os japoneses continuaram a vida e fizeram o país crescer”, destacou.
“Também fui à Colômbia, e vi mães que perderam seus filhos para as Farc juntarem-se aos religiosos e fundarem escolas de perdão e conciliação e o país conseguiu diminuir a violência”, declarou a deputada.
A parlamentar disse que 30 de agosto foi a data escolhida para celebrar o Dia Nacional do Perdão porque o seu filho Ives Ota foi sequestrado e assassinado, aos oito anos, em agosto de 1997. Apesar da dor, ela e o marido, Masataka Ota, perdoaram os assassinos, explicou a socialista.
“Essa lei demonstra que com força e determinação a dor pode se transformar e levar paz para outras famílias”, afirmou Fátima Palaes.
Para Mauricio de Souza, o Dia Nacional do Perdão é uma oportunidade para as pessoas refletirem sobre o respeito a pontos de vista diferentes. “A beleza da democracia está na possibilidade de as opiniões serem expostas sem resultar em violência”, declarou o cartunista.
O Dia Nacional do Perdão foi divulgado, durante todo o mês de agosto, por meio da campanha Agosto Violeta – semeando o perdão, colhendo a paz. Em várias cidades do país, os principais monumentos, prédios públicos e viadutos foram iluminados com a cor Violeta, que simboliza a transformação nos planos físico e espiritual.
Assessoria de Comunicação/PSB Nacional