O presidente Nacional do PSB, Eduardo Campos (PE) participou, nesta quarta-feira (14), em Brasília, de debate como pré-candidatos à Presidência da República, durante a XVII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, evento promovido pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). Acompanhado da pré-candidata a vice na chapa socialista, Marina Silva, Eduardo falou a um público de mais de 2 mil prefeitos e vereadores, Ele destacou a importância de estreitar a relação e o diálogo por parte do Governo Federal com os executivos e os legislativos municipais. “Marina Silva e eu estamos aqui em sinal de respeito ao povo brasileiro, que elegeu os senhores para essa desafiadora missão. Tenham certeza que o diálogo será uma marca do meu governo.”
Para o socialista, temas como a saúde, educação, segurança e sustentabilidade são extremamente dependentes do apoio dos municípios. Após receber os aplausos do público, o pré-candidato do PSB respondeu à sabatina sobre estes e diversos outros temas. A primeira pergunta foi sobre a desoneração de impostos. “Em nosso governo, não faremos desonerações à custa das receitas dos municípios brasileiros. O caminho errado da condução macroeconômica nos fez viver, nos últimos três anos, o menor crescimento da história da República brasileira.”
Em seguida, Campos respondeu sobre os programas existentes para garantir a autonomia dos municípios. “Estes programas devem ser baseados na realidade de cada município, para que haja desenvolvimento”, explicou. Outra grande dificuldade enfrentada pelos municípios é o piso salarial. “Sou a favor da criação de um conselho nacional de responsabilidade fiscal. Esse conselho vai revelar para onde vai o dinheiro”, completou.
Saúde, Educação e Plano de Governo
Como os demais presidenciáveis que participaram do evento, Eduardo Campos também explanou suas ideias sobre direitos sociais básicos e seu plano de governo. Ao ser questionado sobre a Saúde, Campos apontou três passos centrais que devem ser priorizados para melhorar a qualidade do setor nos entes municipais. “Prevenção, atenção básica e a criação de consórcios de saúde. Em nosso governo, vamos ter a oportunidade de dizer que a União vai voltar a crescer sua participação no financiamento da saúde pública. É mais barato cuidar da saúde do que da doença.”
O co-financiamento das creches municipais foi o destaque na pergunta sobre Educação. De acordo com o ex-governador de Pernambuco, o dinheiro não dá nem para construir uma creche, sequer para mantê-la. “Nós sabemos que há o desafio de dar ao cidadão um serviço público que funcione. Outra questão é a diferença entre escolas públicas e particulares, o que traz desigualdade imensa neste País, e desigualdade é o que gera diversos outros problemas.”
Para finalizar sua participação no evento, Eduardo Campos falou sobre o plano de governo e reforçou o estabelecimento do diálogo com os municípios. “Nós, que já tivemos a oportunidade de fazer, só podemos falar o que fizemos; e tenho convicção de que é possível fazer muito mais pelo nosso País. O Brasil precisa ser simplificado para evitar a quebra de credibilidades dos gestores eleitos. Tenho fé, tenho crença, disposição e coragem para construir novos tempos na vida deste país”, concluiu.