O ex-ministro e ex-presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo, assinou ficha de filiação ao PSB, na tarde desta terça-feira (26), em um ato realizado em Brasília. A ficha de filiação do novo socialista foi abonada pelo presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, e pelo vice-governador de São Paulo, Márcio França.
Em seu discurso, Rebelo lembrou das lutas históricas em que esteve junto com os socialistas, da longa proximidade com o PSB, recordou a amizade com Miguel Arraes e Eduardo Campos e defendeu que é preciso buscar “ampla união” das forças sociais, políticas, religiosas, econômicas e populares, com a liderança do PSB, para fazer com que o Brasil se desenvolva e saia da “desorientação que ainda vive mergulhado”.
“Apesar das potencialidades, o país ainda está fragmentado, alimentando ódios que não nos conduzem aos objetivos mais importantes do nosso povo e da nossa pátria. Essa desorientação precisa cessar. É preciso que o Brasil busque a ampla união capaz de dar as energias necessárias ao povo para superarmos os desafios e alcançarmos o desenvolvimento pleno, equilibrado e democrático”.
O evento contou com a presença do vice-presidente de Relações Governamentais, Beto Albuquerque, do secretário-geral, Renato Casagrande, dos governadores Ricardo Coutinho (PB) e Rodrigo Rollemberg (DF), além de senadores, deputados federais, membros do Diretório Nacional e representantes do corpo diplomático.
Em sua saudação, Carlos Siqueira disse que os socialistas se sentem honrados em receber uma figura importante da vida política nacional nos quadros do PSB. “Aldo é uma figura conhecida de todos, que exerceu, desde sua tenra juventude, a política de forma plena, sempre bem sucedido, coerente e com o espírito de brasilidade na luta pelo nosso país e pelo nosso povo. Sabemos que essa filiação acontece no mais alto nível de compromisso com o ideário político, ideológico e programático do PSB”, afirmou.
Márcio França também celebrou a nova filiação. “Aldo tem o Brasil na cabeça e no coração, conhece cada canto do país e, mesmo pertencendo anteriormente a um partido de esquerda como o PC do B, sempre teve amplo diálogo com todos os partidos. É habilidoso, generoso e consegue conviver com as divergências, intermediando relações importantes no Brasil”, reconheceu.
Rebelo destacou sua proximidade com o PSB e com as bandeiras históricas do partido. “A identidade nos anseios e nas lutas comuns nunca fizeram, para mim, do PSB uma legenda estranha ou distante”, afirmou.
O ex-ministro agradeceu pela boa relação que sempre teve com o PSB e pela receptividade no momento de sua filiação. “Minhas primeiras palavras são de reconhecimento e gratidão pela longa amizade que recebi do PSB ao longo da minha vida política. Tenho que dizer que sou recebido não só como novo militante e filiado, mas como um velho amigo, e que me sinto em casa, acolhido com respeito, carinho e todas as condições de, no PSB, continuar no esforço de construção da nossa pátria”.
Rebelo analisou a atual crise política e disse que os partidos políticos se deparam com grandes desafios “no terreno da democracia”. Por isso, segundo ele, se faz necessária essa união de forças políticas para enfrentar os desafios e o PSB tem capacidade de liderar essa luta. “O partido demonstrou em vários momentos que tem essa capacidade, principalmente nessa votação da primeira denúncia (contra o presidente Michel Temer), fugindo das polarizações artificiais que mais dividem do que discutem um caminho para o país e para o povo”, disse.
Para o ex-ministro, a união de forças políticas deve ser o pressuposto para um projeto nacional rumo ao desenvolvimento do país e da superação das desigualdades econômicas e sociais, assegurando oportunidades para todos. “Em torno desse projeto nacional é que se faz necessário unir as amplas forças da nação. O Brasil precisa se desenvolver para solucionar o desemprego, a crise fiscal, os desafios da educação, da saúde e da previdência. O desenvolvimento pressupõe a emancipação da soberania, de ciência e tecnologia, do domínio das conquistas da 4ª Revolução Tecnológica, da valorização dos agentes de defesa nacional”, afirmou.
Ao citar que ingressou no partido sem pretensões ou reivindicações, Rebelo lembrou a fala do ex-governador de Pernambuco e ex-presidente do partido socialista, Miguel Arraes, que ao retornar do exílio disse “tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo”. “Eu também não trago mais do que isso e o meu senso de dever de continuar servindo ao país numa legenda que me abriga e me oferece um espaço para continuar cumprindo minhas tarefas como brasileiro, cidadão e agora militante e filiado do PSB”, ressaltou.
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Assessoria de Comunicação/PSB Nacional