Em entrevista à Negritude Socialista Brasileira (NSB), o professor Rafael dos Santos, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), falou sobre os avanços do ensino da história e da cultura afro-brasileira e africana no país.
Na opinião dele, a lei 10.639/2003, que incluiu no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, contribuiu para a democratização do ensino nas escolas.
Para Santos, apesar dos avanços, no entanto, ainda há muito por fazer. “Precisamos ainda promover educação continuada dos professores, valorizando o ensino da cultura afro nos currículos de licenciaturas e pedagogia. Mas valorizar mesmo, não protocolarmente”, opinou.
O professor da Uerj também falou sobre a necessidade de os movimentos negros e da sociedade em geral atentarem para possíveis ameaças ao ensino da história e da cultura negra nas escolas.
“Existem alguns movimentos conservadores hoje questionando as bases curriculares que estimulam a cultura africana e afrobrasileira, sobretudo, no que diz respeito à religiosidade. Precisamos estar mobilizados para impedir retrocessos”, afirma, referindo-se, por exemplo ao movimento chamado “Escola sem partido”.
Assista ao vídeo da entrevista:
Assessoria de Comunicação/PSB Nacional