
Fachada do edifício sede do Supremo Tribunal Federal – STF
O presidente nacional do PSB e prefeito do Recife, João Campos (PSB), assinou, nesta segunda-feira (21), uma nota conjunta subscrita por outros sete presidentes partidários em defesa dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e em repúdio às sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos ao Judiciário brasileiro.
A reação se dá depois de os EUA suspenderem o visto do ministro Alexandre de Moraes, de “aliados” e familiares.
“Manifestamos irrestrita solidariedade aos ministros do STF, ao mesmo tempo em que reafirmamos a defesa irrenunciável da soberania nacional e das nossas instituições”, afirmam no texto.
Segundo a nota, os partidos avaliam que as punições representam uma “ingerência espúria” no processo democrático brasileiro e um “ataque à soberania nacional”.
As sanções, determinadas pelo presidente norte-americano Donald Trump, têm como alvos magistrados envolvidos nas investigações sobre a tentativa de golpe de Estado e os ataques extremistas de 8 de Janeiro.
No texto, os dirigentes classificam a medida como “indevida, agressiva e sem precedentes nas relações bicentenárias” entre os 2 países. Eles também afirmam que a ação penal em curso no STF segue o devido processo legal, com respeito ao contraditório, e que qualquer tentativa de coação à Justiça deve ser repudiada.
A nota também critica ameaças tarifárias e comerciais por parte do governo dos EUA, que, segundo os signatários, estariam contaminadas por interesses políticos e deveriam ser tratadas por meio de negociação.
O anúncio de cancelamento dos vistos de entrada nos EUA de ministros do STF e de seus familiares foi feito na última sexta-feira feira (18) por uma mensagem no X (ex-Twitter) de Marco Rubio, secretário de Estado do governo Trump.
Além de João Campos, assinam o documento os presidentes Humberto Costa (PT), Carlos Lupi (PDT), Paula Coradi (Psol), Luciana Santos (PCdoB), José Luiz Penna (PV) e Comte Bittencourt (Cidadania).






